Ainda assim eu me Levanto, Poema de Maya Angelou. Vídeo por Mirela Fioresy.

“Ainda assim eu me Levanto”. Poema de Maya Angelou. Vídeo por Mirela Fioresy.
"Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar.
Pode me jogar contra o chão de terra,
Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.
Minha presença o incomoda?
Por que meu brilho o intimida?
Porque eu caminho como quem possui
Riquezas dignas do grego Midas.
Como a Lua e como o Sol no céu,
Com a certeza da onda no Mar,
Como a esperança emergindo na desgraça,
Assim eu vou me levantar.
Você não queria me ver quebrada?
Cabeça curvada e olhos para o chão?
Ombros caídos como as lágrimas,
Minh’alma enfraquecida pela solidão?
Meu orgulho o ofende?
Tenho certeza que sim
Porque eu rio como quem possui
Ouros escondidos em mim.
Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar,
Você pode me matar em nome do ódio,
Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.
Minha sensualidade incomoda?
Te surpreende que eu dance como se tivesse diamantes onde as coxas se juntam?
Das choças dessa História escandalosa.
Eu me levanto.
Acima de um passado que está enraizado na dor.
Eu me levanto.
Sou um oceano negro, vasto e irrequieto,
Crescendo e expandindo-se
como as marés, Eu me levanto.
Deixando para trás noites de terror
e atrocidade, Eu me levanto.
Em direção a um novo dia de intensa claridade,
Eu me levanto.
Trazendo os dons que meus ancestrais me deram,
Eu sou o sonho e as esperanças dos escravos.
E assim, eu me levanto.
Eu me levanto.
Eu me levanto."
- Maya Angelou
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