Após ser liberada na corrente sanguínea a testosterona pode sofrer duas conversões: 1) em dihidrotestosterona (DHT), por meio da enzima 5 alfa redutase e 2) em estradiol pela ação da enzima aromatase. A conversão em DHT é necessária para que a ação da testosterona no receptor androgênico seja ampliada, uma vez que a afinidade do DHT pelo receptor é 10 vezes maior do que a da testosterona. Já a conversão em estradiol, que é o principal hormônio na mulher, também é importante, mas ela deve ser baixa para que se mantenha uma relação testosterona/estradiol na faixa de 10:1. Ou seja, quando se tem uma testosterona de 500 o estradiol máximo esperado é de 50. No obeso a quantidade da enzima aromatase está aumentada, uma vez que esta enzima está presente na gordura localizada na região abdominal. Assim, os homens obesos têm testosterona mais baixa e estradiol mais elevado do que homens não obesos.