A passagem do polegar é um dos principais elementos da técnica pianística, então é muito importante prestar atenção nisso aqui. Seria favorável antes de estudar as escalas ou arpejos - que são as suas aplicações mais diretas - que o aluno assimilasse o funcionamento do mecanismo e depois ele só precisasse aplicar isso nas escalas.
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Antes de mais nada, é preciso simplesmente constatar que o polegar, ou melhor dizendo, o nosso 1º dedo, é diferente dos outros em diversos sentidos. Ele acaba pressionando as teclas de lado, ele é mais forte que os outros dedos e ele é mais curto que outros dedos. Então com esse objetivo em mente vamos entender o que o polegar na verdade tem que fazer pra se sair bem nas escalas e como treiná-lo da melhor forma possível.
O que é sempre dito por quase todos os professores é o seguinte:
1) O polegar passa por baixo da mão, os outros dedos e o cotovelo acabam servindo de pivô para ele. 2) Rotação do punho: a gente tem a passagem dos outros dedos sobre o polegar, então o polegar serve de pivô.
Muito bem, isso é o básico.
Agora vamos a detalhes que fazem toda a diferença.
Em primeiro lugar, a rotação deve ser evitada ao máximo. É preciso trabalhar a elasticidade do polegar. Mudança de posição da mão e movimentos que tirem ela do alinhamento com o antebraço sempre são prejudiciais. Para isso a gente deve fazer exercícios como mostrado aí no vídeo.
O polegar deve andar perto das teclas, não se pode querer desenhar uma meia lua com o dedo, ele deve se mover de maneira horizontal apenas.
É muito típico acabar acentuando a nota que o polegar toca, simplesmente porque ele é o dedo mais forte e pesado da mão. Além disso, ele ataca as teclas de uma maneira diferente, então fatalmente o som que ele produz vai mudar em relação aos outros dedos se você não souber controlá-lo. Portanto, durante um bom tempo, é importante praticar exagerando a leveza do polegar em relação ao resto. Faça com que o polegar toque evidentemente mais leve que os outros, controle o polegar para que ele ataque lentamente e suavemente a tecla enquanto os outros tocam com um som mais firme. Isso vai te levar a se acostumar com o controle adequado e, com o passar do tempo, a diferença entre os dedos vai ser menos perceptível - não estou dizendo que vai desaparecer, só vai ser menos aparente.
Outro ponto é que o polegar serve de apoio em relação aos outros dedos. Por esse motivo, é sempre favorável que ele esteja curvado atrás do dedo que está tocando. Isso ajuda muito a ter estabilidade e firmeza na mão como um todo.
Um outro ponto importante é a tensão que o polegar deve evitar. Deixar o polegar tenso acaba por travar toda a sua mão e o seu antebraço.
O polegar, assim como o dedinho, é um dedo mais curto que os outros. Por esse motivo, em escalas, é importante evitar usá-lo para tocar teclas pretas. Como estão mais longe, elas serão mais facilmente tocadas com os dedos mais longos, evitando assim uma mudança de posição e um movimento lateral muito desconfortável.
Finalmente é preciso entender que, assim como os outros dedos devem pinçar as notas, o polegar também.
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