No satê prika koya rayon kaxate (Onde os índigenas falam, quem não é indígena escuta)

Reunião entre o Movimento dos Aflitos, a Secretaria Municipal de Cultura e o Escritório Paulistano de Arquitetura sobre os problemas do projeto selecionado para a construção do Memorial dos Aflitos, ocorrida na Capela dos Aflitos, na Liberdade, São Paulo, em 24 de maio de 2023, das 14h às 16h45
Os sete pontos críticos do projeto vencedor do concurso:
1 - Somos contra a demolição do velário e da área anexa (sacristia, lojinha,
copa e banheiro) da Capela, que é imóvel tombado tanto na esfera municipal
como na estadual
2 - Não aceitamos a utilização de terra do próprio espaço para erguer paredes
de taipa, uma vez que se trata de solo sagrado pertencente ao antigo Cemitério
dos Aflitos, além de sítio arqueológico
3 - Discordamos da construção de um ossário para exposição dos
remanescentes humanos encontrados na escavação do sítio
4 - O projeto não menciona em nenhum momento os povos indígenas,
ignorando a própria história do território
5 - Não há reserva técnica para a salvaguarda dos remanescentes
encontrados
6 - Sentimos falta de espaços como vestiário, sanitários e copa
7 - Antes da publicação do edital, ressaltamos a necessidade de um velário em
espaço aberto, o que não está demonstrado no projeto
Estiveeam presentes na reunião:
Pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC):
Secretária Aline Torres
Chefe de Gabinete Rogério
Gabriel Oliveira
Eric Augusto
Pelo Escritório Paulistano de Arquitetura (EPA):
Ana M. Ditolvo
Eduardo A. Colonelli
Fernanda Maria Souza Silva
Luigi L. G. Miguel
Marcio Novaes Coelho Jr.
Vitória Cravo Vertoni
Yannick A. P. Kablan
MOVIMENTO DOS AFLITOS
Pelo Instituto Tebas:
Alexandre Kishimoto
João Leoci
Vera Longo
José Adão (Movimento Negro Unificado)
Pela UNAMCA (União dos Amigos da Capela dos Aflitos):
Eliz Alves
José Antonio Alves
José Antônio Silva
Ariel Tonglet (Museu de Território dos Aflitos)
Lucas Almeida (Museu de Território dos Aflitos)
Michael Amoruso (Occidental Collegi)
Denise Vitoriano (Irmandade do Rosário dos Homens Pretos Paissandú)
Pela Novos Rumos:
Enéas Silva dos Santos
Outros:
Damany E. Santos (FAU/USP)
Edson Natale (Irmandade de Santa Cruz dos Enforcados)
Igor Carollo (Arquidiocese SP)
José Alexandre S. Souza (BATUQ)
Padre José Enes Jesus (Paróquia São Gonçalo e Capela dos Aflitos)
Rafaela Puri Martinelli (MLB)
Ricardo Augusto Yamasaki (Assessor deputada Leci Brandão
Carmem Silva)
Cristiane Mazar Spósito Peres
Fátima Franco
Guilherme Augusto Paulino
Mariana de Andrade
Rodrigo L. Audi

Пікірлер: 15

  • @mundoemconflito
    @mundoemconflito Жыл бұрын

    O vídeo dessa reunião é uma demonstração evidente de como o tempo é circular. Ele apresenta uma retomada (que nunca deixou de estar presente) da luta pela memória e ancestralidades negro/indígenas ou indígenas/pretas. Mas também reinsere em 2023 uma imposição de 1775 com a "Reforma Pombalina" que proibiu o uso de outras língua que não o PORTUGÊS. Conseguem ouvir a voz do Marquês de Pombal na voz de Ana Marta Ditovo "qual a língua oficial do Brasil? fala português!". Ela, que diz ter restaurado 70% dos patrimônios culturais da cidade, não percebeu ainda que o patrimônio basilar de uma cultura é a sua língua - ou será que ela sabe muito bem?!

  • @sandrasantannadasilva904

    @sandrasantannadasilva904

    Жыл бұрын

    Muita gente só entende a linguagem de ganhar dinheiro, seja como for.

  • @misteriosdagreta

    @misteriosdagreta

    Жыл бұрын

    Consigo ouvir Pombal sim

  • @KishimotoA

    @KishimotoA

    Жыл бұрын

    Excelente rememoração!

  • @joiceteixeira8587
    @joiceteixeira8587 Жыл бұрын

    E vergonhoso a gente ainda ter que lutar, brigar pelo óbvio em pleno século 21. Esse projeto não nos representa e não contempla os nossos fundamentos afrodiaspóricos e essa é a questão - os fundamentos coloniais/brancos/capetalistas (de capeta mesmo) é a grana e o acúmulo capital e o nosso a ANCESTALIDADE e MEMÓRIA. Sou a favor da impugnação desse edital.

  • @misteriosdagreta
    @misteriosdagreta Жыл бұрын

    “Cara para bater”? Esse é o emprego dela, oras. Ganha em dinheiro e portfólio.

  • @lucasdonascimento1009
    @lucasdonascimento100911 ай бұрын

    Eu assisti ao seu vídeo recente em que você critica a ignorância de uma pessoa sobre os indígenas, e gostaria de compartilhar minha perspectiva sobre o assunto. É importante reconhecer que discussões sobre questões sensíveis, como a cultura indígena, podem gerar emoções fortes e opiniões divergentes. Embora compreenda suas intenções de corrigir a ignorância de alguém, é crucial lembrar que generalizar e rotular todas as pessoas que possuem falta de conhecimento sobre os indígenas como "ignorantes" pode ser injusto. Existem várias razões pelas quais alguém pode ter uma compreensão limitada desse assunto, como falta de educação adequada ou exposição a informações incorretas. Além disso, é importante considerar que as pessoas têm experiências e vivências diferentes, o que pode influenciar sua compreensão sobre determinados assuntos. Em vez de atacar ou envergonhar alguém por sua ignorância, acho mais produtivo abordar essas questões com empatia, paciência e educação. Devemos lembrar que os indígenas enfrentam desafios significativos, como a preservação de suas culturas, a luta por seus direitos e o combate ao preconceito. É fundamental que todos nós, como membros da sociedade, trabalhemos juntos para promover a conscientização e o respeito pelas culturas indígenas, em vez de criar divisões ou promover ódio. Além disso, é importante mencionar que não apenas os indígenas, mas também outros grupos marginalizados, como feministas, LGBTQ+ e outros, enfrentam ataques e ameaças sistemáticas. Devemos reconhecer a importância de apoiar e amplificar as vozes dessas comunidades, em vez de desacreditá-las prematuramente. Por fim, gostaria de enfatizar a importância de ouvir e apoiar as vítimas de discriminação, como o sexismo, a homofobia e outras formas de preconceito. Em vez de rotular essas pessoas como "vitimistas", devemos reconhecer as dificuldades que enfrentaram e oferecer nosso apoio. Peço que, ao produzir conteúdo, considere o impacto que suas palavras podem ter e busque promover o diálogo construtivo e inclusivo. Juntos, podemos trabalhar para construir uma sociedade mais justa, respeitosa e empática.

  • @misteriosdagreta
    @misteriosdagreta Жыл бұрын

    Como posso colaborar com vocês? Estou enojada com as falas racistas e colonialistas.

  • @christianeodete
    @christianeodete Жыл бұрын

    Que postura debochada. Chocante trabalhar com patrimônio histórico e ter essa postura.

  • @simoesferreira5277
    @simoesferreira527711 ай бұрын

    Eu acho bonita a ideia de usar o solo na construção, é tratar o sagrado como sagrado. Agora que tristeza a falta de delicadeza nessa reunião. Muito feio.

  • @FEHERPESTANA
    @FEHERPESTANA9 ай бұрын

    Arquiteto sendo arquiteto... Acham devem "educar" as pessoas... Sou arquiteto e sei bem isso, não sei se somente da formação acadêmica, mas é um ego, uma mania de querer ter razão, de nunca estar errado que é patológico da profissão. Uma pena. Em nosso país a arquitetura está tão longe do cotidiano da população e os arquitetos parecem se esforçar demais para se distanciar mais ainda, triste.

  • @misteriosdagreta
    @misteriosdagreta Жыл бұрын

    “Meu avô chegou pobre da Itália” bla, bla, bla….

  • @antelios
    @antelios5 ай бұрын

    Reparem como o ser humano exalta a situação que ele teve com quem apazinha a ofensa,quando ela sitou situações anteriores de harmonia ela levou em consideração somente por exemplo a eliz que ao contrario da rafaela puri era mais calma, vcs estão vendo como alguns " tipos" de pessoas consequem jogar um irmão contra o outro ?? Mais um pouco essa tal ana consequiria fazer de todos os envolvidos nesse projeto virar inimigos um do outros.,vigie. O colonianismo sempre funcionou desse jeito.. vcs acham que o capataz das sinhas dormiam num quarto confortavel ?? O capataz nao dormia na senzala e muito menos confortável, o capataz dormia num quarto simples. Cuidado... o negro da casa grande não dormia na senzala mais,comia uma comida melhor mais mesmo assim vivia na mizeria. Eu percebo o racista só de olhar,eu sinto e pressinto o racismo. Nem vou resumir mais eu senti a energia de algumas pessoas só de olhar no video. Quantos negros foram jogados ao mar ou que passaram fome por dias para 1 italiano ou português ficar com fome 1 ou 2 dias ?? Me poupe. Procure no mar quantos corpos de italianos estão por la. Ninguem quer saber se seu avô passou fome.😡😡😡

  • @GustavoRamalho
    @GustavoRamalho Жыл бұрын

    Vergonhoso