Como Agepê morreu?
Agepê foi um cantor e sambista brasileiro. Ele tornou-se um dos principais nomes do samba-joia, estilo romântico e sensual do samba. Seu estilo serviu de inspiração para diversos artistas que vieram depois dele.
Antônio Gilson Porfírio, mais conhecido pelo nome artístico Agepê, nasceu no Rio de Janeiro em 10 de agosto de 1943. Sua infância foi passada no Morro do Juramento, na zona norte do Rio, onde viveu uma vida simples e humilde. Ainda criança, por volta dos 8 anos de idade, ele perdeu o pai e precisou ir em busca de emprego para ajudar sua mãe, que era faxineira.
Apesar das dificuldades, Agepê sempre foi apaixonado pelo samba que era o estilo musical que a maioria das pessoas em sua volta gostavam.
Durante a adolescência, Agepê trabalhou como office-boy na Embaixada da Alemanha, enquanto completava os estudos na Escola Técnica Nacional. Aos 18 anos, ingressou na Aeronáutica mas foi expulso pouco tempo depois, devido à insubordinação, e às constantes fugas do quartel para namorar e se divertir nas rodas de samba.
Após sair da aeronáutica, Agepê trabalhou como transportador de bagagem, onde era conhecido como “Ripinha”, e também foi técnico projetista da extinta TELERJ.
Embora tinha a música como sua maior motivação, e sempre que podia, apresentava suas composições nas rodas de samba do Rio de Janeiro. Suas composições tinham muitas influências de seus ídolos como Noel Rosa, João Gilberto e Jorge Ben Jor.
No início da década de 70, o sambista participou de um festival de música na Escola de Samba Portela. No festival, ele conseguiu classificar três sambas, e chamou a atenção de grandes nomes do samba como Ari do Cavaco e Candeia. Pouco diretores, que decidiram gravar dois compactos nesse mesmo ano.
Já no seu primeiro disco, Agepê vendeu 950 mil cópias, e tornou-se um dos maiores sucessos musicais do ano.
A música que dá o nome ao disco "Moro Onde Não Mora Ninguém", caiu no gosto popular, já que refletia a vontade de muitos brasileiros.
A música trazia uma abordagem poética sobre a solidão e a busca por um lugar, onde o amor e a felicidade pudessem encontrar morada. A letra, deixadas para trás.
Com o sucesso de seu primeiro álbum, Agepê larga seu emprego na Telerj e começa a viver apenas da música.
brasileira”.
O álbum fez um sucesso estrondoso, a canção “Deixa Eu Te Amar", foi uma das músicas mais a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas, vendendo um total de um milhão e meio de cópias.
Na década de 80, o sambista ocupou o posto de terceiro perdendo apenas para Roberto Carlos e a Turma do Balão Mágico.
Porém, ele nunca alcançou o reconhecimento que shows a se apresentar em nenhuma grande casa de shows como o Canecão.
Em 1995, depois de anos tentando emplacar uma composição como tema enrredo, ele finalmente gente bronzeada mostra seu valor”, e foi escolhido como intérprete oficial da Portela no desfile do ano seguinte.
Porém ele não irá viver para poder ver seu samba como tema enrredo da Portela.
Pouca coisa se sabe como realmente foram os últimos dias do sambista, ele estava morando no Rio de Janeiro ao lado de sua mulher e um filho de seu primeiro casamento.
Mesmo jovem, sua saúde não vinha nada bem a alguns anos, ele sofria de diabetes, e precisava ter cuidados com a saúde. Porém a vida desregrada de músico muitas vezes se tornava um empecilho para manter a diabetes controlada.
No dia 27 de agosto de 1995, o sambista foi internado na Clínica São Bernardo, no Rio de Janeiro, em estado grave por conta de uma úlcera que foi agravada pela diabetes. No dia seguinte de sua internação, ele teve pioras e entrou em coma.
Infelizmente Agepê não resistiu e veio a falecer no dia 30 de agosto de 1995, devido a uma úlcera. Ele estava com 52 anos de idade.
Ele foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
Agepê não foi apenas um músico, mas também um defensor do samba, contribuindo ativamente para a preservação e evolução desse gênero musical. Sua presença em eventos culturais e sua participação em iniciativas para promover a rica herança musical do Brasil, o consolidaram como uma figura central na cena artística e cultural do país.
E foi assim que Agepê morreu!
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