1. Quem é Byung-Chul Han?
Filósofo asiático, nascido na Coreia do Sul em 1959, que vive na Alemanha
Ensaísta sobre o mundo contemporâneo
2. Infocracia: digitalização e a crise da democracia
Livro publicado em 2021, na Alemanha
Em 2022, no Brasil
Vou destacar alguns aspectos do capítulo “A crise da verdade”
3. Niilismo
“O novo niilismo é um fenômeno do século XXI. Pertence às rejeições patológicas da sociedade da informação.” (Posição 716).
“O novo niilismo não implica que a mentira foi feita verdade ou que a verdade foi difamada como mentira. Em vez disso, a própria diferenciação entre a verdade e a mentira é que foi anulada.” (Posição 738).
4. Notícias falsas
“Fake news não são uma mentira. Elas atacam a própria facticidade. Desfactizam a realidade.” (Posição 743).
“A digitalização é oposta diametralmente da facticidade. A digitalização enfraquece a consciência factual, a consciência da realidade.” (Posição 819).
5. Conspiração
“Teorias da conspiração são resistentes às checagens de fatos, pois são narrativas que fundam, apesar de sua ficcionalidade, percepções da realidade. São, portanto, uma narrativa factual. Nelas, a ficcionalidade se reverte na factualidade [Faktualität].” (Posição 863).
6. Parrhesia
“A democracia não tolera o novo niilismo. Ela exige um falar a verdade. Apenas a infocracia se sustenta sem verdade. Em sua última lição, pouco antes de sua morte, Foucault se dedicou à ‘coragem da verdade’ (parrhesia) como se pressentisse a crise vindoura da verdade, na qual perdemos a vontade de verdade.” (Posição 871).
“Quem, com coragem, toma a palavra apesar de todo o risco que esse ato traz consigo, exerce a parrhesia. A parrhesia promove a comunidade. É essencial para a democracia.” (Posição 879).