O advogado Luiz Carlos Valsecchi, que defende o homem que deu cinco tiros no carro de um casal em meio a rodovia, afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que, se estivesse no lugar de seu cliente, também efetuaria os disparos. O suspeito do crime, Adriano Domingues da Costa, é acusado de tentativa de homicídio e, atualmente, é considerado foragido.
De acordo com Valsecchi, Adriano efetuou os disparos após perceber que o carro do casal era blindado. O objetivo, segundo o advogado, era assustar o condutor do veículo, que estaria provocando Adriano e tentando jogá-lo para fora da pista.
"Se fosse eu, também dava [os tiros]. Se fosse você, também dava", declarou. "Você está na estrada e tem um cara na pista da esquerda, e ele não te dá passagem. Aí você desiste de tentar passar pela esquerda, para não arrumar confusão, e vai passar pela direita. Aí você começa acelerar pela direita, ele acelera também. Você diminui para voltar para a esquerda, ele diminui também. Em certo momento, ele bateu no carro do meu cliente, jogou meu cliente para fora da pista", continuou.
De acordo com a defesa, o condutor do veículo que perseguia Adriano estaria armado. Além disso, ele afirma que o suspeito não pode responder por homicídio pois se trata de um crime impossível, visto que não havia possibilidade de concluir o ato ilícito. Ou seja, o homem jamais conseguiria matar os ocupantes do veículo visto que o carro era blindado.
Na tarde desta segunda (17), Valsecchi estava a caminho da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga para entender de onde partiu o mandado de prisão temporária contra Adriano.
"Há a ordem de um juiz. Eu tenho que saber quem é o juiz, qual é a fundamentação da ordem, e tenho que saber qual é a competência do juiz. A partir desses elementos eu posso acatar ou não acatar", declarou. De acordo com Valsecchi, Adriano está apavorado e quer se entregar o quanto antes.
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