SRTV 231. Sônia Braga - Entrevista. A Dama do Lotação

Ойын-сауық

Material contendo trechos de três entrevistas feitas com Sônia Braga entre 1977 e 1978. No trecho mais longo e coeso, em entrevista filmada provavelmente no apartamento da atriz na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, Sônia Braga fala sobre sua personagem no filme “A Dama Lotação” e trata de assuntos diversos, como a sua relação com as crianças, mencionando sua passagem pelo programa “Vila Sésamo”.
(Sinopse por Igor Andrade Pontes)

Пікірлер: 11

  • @micatauan1287
    @micatauan12873 жыл бұрын

    Relíquia, maravilhoso

  • @lucilenealves6088
    @lucilenealves608810 күн бұрын

    Amei o filme

  • @paulocunha5466
    @paulocunha5466 Жыл бұрын

    Maravilhosa !

  • @KRAKOA889
    @KRAKOA889 Жыл бұрын

    A Dama do Lotação, 1978 / Cena Deletada # 1 kzread.info/dash/bejne/o3aA3JKyeqrdgqg.html Cena Deletada # 2 / A Dama do Lotação, 1978 kzread.info/dash/bejne/mKB7rruBaZndiNo.html “A dama do lotação”. Direção: Neville de Almeida. Brasil, 1978. Quem conhece as adaptações de Nelson Rodrigues para o cinema pode perceber que elas acompanham quase 70 anos de história do cinema brasileiro, passando pelo cinema de estúdio, Cinema Novo, Tropicália, pornochanchadas e a Retomada. Ora, Nelson Rodrigues é o autor brasileiro mais adaptado para cinema - e, depois dele, Jorge Amado. No século XX, mais precisamente na década de 1970, viriam a ser produzidos aqueles que seriam os dois maiores sucessos de bilheteria do cinema nacional (e que só viriam a ser superados na década de 2010): "Dona Flor e seus dois maridos" (de Bruno Barreto, adaptado de Jorge Amado) e "A dama do lotação" (de Neville de Almeida, adaptado de Nelson Rodrigues), ambos com Sônia Braga no papel-título. Para Ismail Xavier, “a força de duas vertentes - o estilo grosso das comédias eróticas e o bom humor conciliatório das novelas - se expressa muito bem nos dois maiores sucessos de público do cinema brasileiro até hoje”. A memorável cena final do filme de Bruno Barreto é aquela na qual Dona Flor desce a ladeira da igreja de braços dados com Teodoro e Vadinho, este desnudo, e caminham ao encontro da multidão enquanto Simone canta “O que será?” em off. Tal cena encontra, através da imagem, solução para as tensões entre casamento e volúpia (representadas pelos dois maridos) e entre moral e culpa (representadas pela igreja e sociedade). Se nesse filme as tensões são solúveis, em "A dama do lotação" não há solução para a tensão entre casamento, volúpia, moral e culpa. Nelson Rodrigues escreveu, além de suas dezessete peças de teatro, romances, contos e crônicas. Além do fato de ter sido jornalista, ofício que lhe legou a escrita de outros variados gêneros, Nelson colaborou de forma ativa no argumento de "A dama do lotação", onde pode-se perceber mais uma faceta da obra rodriguiana: o Nelson autor de cinema. O texto de “A dama do lotação” é adaptado de um conto publicado no jornal “Última hora”, no qual Nelson assinou de 1950 a 1961 a coluna “A vida como ela é”, de grande sucesso entre os leitores. Parafraseando Cortázar, o conto está para a fotografia assim como o romance está para o cinema. Dessa forma, para que um conto de “A vida como ela é” fosse pela primeira vez adaptado para o cinema, Neville de Almeida convidou o próprio Nelson Rodrigues, a fim de que o dramaturgo adensasse a história, criando cenas exclusivas para o filme. Mas não é somente tal ilustre colaboração que faz de A dama do lotação um grande filme. Tampouco seus apelos eróticos, tão ao gosto popular e tão responsáveis pelo sucesso comercial deste e de outros filmes do gênero tão em voga nas décadas de 70 e 80. De fato, o diretor Neville de Almeida valeu-se do epíteto de “anjo pornográfico” sustentado por Nelson Rodrigues e, com o sucesso comercial de "A dama do lotação" adaptou também a peça "Os sete gatinhos", do mesmo autor, em 1980. Se por um lado sua leitura explora o viés erótico da obra rodriguiana, não seria interessante, por outro lado, reduzir o filme às suas longas sequências que, através da objetificação sexual, intentam sucesso mercadológico. Histórica e conceitualmente, "A dama do lotação" é o ponto de intermédio entre o cinema marginal, tropicalista e grotesco de Arnaldo Jabor - que adaptou "Toda nudez será castigada" em 1973 e "O casamento" em 1975 - e as adaptações subsequentes da obra de Nelson Rodrigues, que viriam a explorar tão-somente o erotismo na obra do dramaturgo - sobretudo as adaptações de Braz Chediak para "Álbum de família" e "Bonitinha, mas ordinária" em 1981 e "Perdoa-me por me traíres" em 1983. O filme inicia com a canção “Pecado original”, composta por Caetano Veloso exclusivamente para o filme. Além do sugestivo título, evocado na “eternidade da maçã”, a letra também evoca a distinção entre desejo humano e animal no verso “eu não sou cachorro não”, que ressignifica o famoso refrão da música brega. Também se indaga “o que fazer com o que Deus nos deu?”, “onde colocar o desejo?” e “o que quer uma mulher?” enquanto se veem imagens de ônibus na tela. Ismail Xavier propõe que “o que na letra de Caetano é uma fala sobre o corpo, na imagem se projeta na cidade” . Ora, a primeira imagem subsequente é a do Corcovado, localizando a narrativa em um Rio de Janeiro burguês da Zona Sul e que está sob a égide do cristianismo. Depois que Solange (Sônia Braga) e Carlos (Nuno Leal Maia) se casam, ela é estuprada numa cena de desconfortáveis quatro minutos que antecipam uma relação familiar desmotivadora. Solange não é violada somente por aquele homem, mas também pelas instituições do casamento, da família e da moral burguesa, às quais não se sente pertencente e por isso não sente prazer em se relacionar com o marido. No entanto, é a decadência familiar - e não individual - que é evidenciada quando se revela que a matriarca daquela família, no passado, mantinha relações lésbicas extraconjugais. Num teatro burguês, a rua oferece perigos e a casa constitui o ambiente seguro para a família. Solange, em desacordo com a tradição burguesa, procura justamente na rua a satisfação para seu desejo, que, além de anti-familiar, é anti-romântico, uma vez que se relaciona carnalmente com aquilo que é público e desconhecido. As cenas em que Solange atravessa a rua ou então troca a roupa íntima alegorizam a mudança interior da personagem. Bem como também passa de subjugada pela instituição familiar a dominadora, quando em sonho erótico exerce o papel de dominatrix com o patriarca daquela família. Num contexto de libertação sexual feminina - nos anos 1970, depois da pílula e antes da AIDS - falar da tensão entre liberdade e tradição fazia propícia a releitura de Nelson Rodrigues, cujas personagens “modernas arcaicas, provincianas, [...] não alcançam o moderno moderno” , como afirma Ismail Xavier. Solange rompe com a tradição, ma non troppo, porque não estará imune à sua derrocada trágica. É quando vai ao cemitério, numa cena que alterna contrapontos de Solange em ato sexual, o campo fúnebre (representando a decadência), imagens sacras (que representam a culpa cristã) e a multidão que acompanha um cortejo (a moral). Se Dona Flor termina por encontrar o equilíbrio entre forças opostas, é exatamente nesse conflito que a personagem de Nelson Rodrigues encontrará sua derrocada. Em seguida, tem pesadelos nos quais está presa num labirinto de ônibus, consumida pela culpa. O marido, que, aniquilado pela descoberta dos adultérios, se autodeclara morto, representa também o aniquilamento dos valores familiares e conjugais. Ainda consumida pela culpa, Solange veste o luto e reza o terço todas as tardes junto ao defunto vivo. Expiada a culpa, sai à cata de satisfação sexual na rua, o que provocará mais culpa, configurando uma vida em ciclos que é o destino trágico da personagem. As cenas eróticas de "A dama do lotação" a priori podem parecer imagens voyeuristas de um cinema de entretenimento, mas ainda que tal seja o efeito num público masculino e heterossexual, assumem também a tonalidade trágica, que, combinada ao roteiro de Nelson Rodrigues e à direção de Neville de Almeida - que se apropria magistralmente de recursos da linguagem do cinema - permitem uma composição narrativa que dialoga, por um lado, com o “cinemão” dos anos 70 e 80, mas, por outro, com o inteligente cinema marginal de Arnaldo Jabor e Rogério Sganzerla. Notas: 1- XAVIER, Ismail. “Nelson Rodrigues no cinema (1952-99): anotações de um percurso”. In: __________, O olhar e a cena: Melodrama, Hollywood, Cinema Novo, Nelson Rodrigues. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 189. 2- CORTÁZAR, Julio. “Alguns aspectos do conto”. In: __________, Valise de Cronópio. Tradução: Davi Arrigucci Júnior. São Paulo, Perspectiva, 1974. 3- XAVIER, opus citarum, p. 190. 4- Ibidem, p. 162.

  • @kennavilanova2643
    @kennavilanova26433 жыл бұрын

    Linda demais!

  • @marinaw8899
    @marinaw8899 Жыл бұрын

    Deusa mor.

  • @conceicaosilva552
    @conceicaosilva5522 жыл бұрын

    Muitos já me disseram que pareço com ela, inclusive na época, o meu corte de cabelo era o mesmo.

  • @robertoramos1762

    @robertoramos1762

    8 күн бұрын

    Gostosa igual a ela hein?

  • @aironsdario
    @aironsdario2 жыл бұрын

    Comentários inteligentes porque evasivos. E vice versa

  • @carlitoferreira5008
    @carlitoferreira50082 жыл бұрын

    ja assitir varias vezes a dama do lotacao muito atraente

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