Oração de São Francisco de Assis uma oração pela Paz

Oração de São Francisco de Assis uma oração pela Paz
Vamos nos aprofundar na história desta oração, explorar seu significado e descobrir como, mesmo séculos após a morte de São Francisco, suas palavras continuam a inspirar corações e mentes a buscar a paz, a harmonia e o amor incondicional
Vamos iniciar com um trecho que São Francisco escreveu em Admoestação 27
Onde há amor e sabedoria, não há medo nem ignorância. Onde há paciência e humildade, não há ira nem perturbação. Onde há pobreza e alegria, não há cobiça nem avareza. Onde há paz e meditação, não há nervosismo nem dissipação. Onde o temor de Deus guarda a casa, o inimigo não encontra portas. Onde há misericórdia e discrição, não há excesso nem dureza de coração.
A oração também apresenta semelhanças em estilo com as escritas do Beato Frei Egídio de Assis, discípulo de São Francisco: Se amares, serás amado; Se venerares, serás venerado; Se servires, serás servido; Se tratares bem os outros, serás também bem tratado. Entretanto, Bem-aventurado aquele que ama sem ser amado, Bem-aventurado aquele que venera sem ser venerado, Bem-aventurado aquele que serve sem ser servido, Bem-aventurado aquele que trata bem a todos sem ser bem tratado.
Vamos conhecer um pouco sobre o francês Christian Renoux que através de seus estudos nos permitiram chegar nas verdadeiras origens da oração. Renoux foi membro da Escola Francesa de Roma (1992-1995), doutor em história moderna pela Universidade de Paris I (1996), graduado em Teologia Católica pela Universidade de Estrasburgo. Desde 1998, Renoux foi professor associado de história moderna na Universidade de Orleans, onde também lecionou História da Religião e História da Não-Violência.
A pesquisa de Christian Renoux foi publicada numa editora de origem franciscana, que assim avalisou as contribuições deste pesquisador. Por outro lado, o próprio “Diretório Franciscano” não apresenta a oração atribuindo sua autoria ao santo de Assis, mas intitula-a “ Oração Franciscana pela Paz ”, chamando-a assim para refletir o espírito daquela congregação.
Buscando pelas suas origens vamos para a cidade de Paris, onde o padre Esther Auguste Bouquerel (1855-1923) fundou a organização e editou a revista, La Clochette (A Sineta) que foi uma pequena revista católica que fazia publicações mensais entre os anos de 1901 a 1919 através de uma organização chamada La Ligue de la Sainte-Messe (A Liga da Santa Missa) contando com aproximadamente 8 000 assinantes.
Em dezembro de 1912, a revista publicou a versão mais antiga conhecida de uma oração anônima pela paz, intitulada Belle prière à faire pendant la Messe (Bela oração para fazer durante a Missa). A autoria e a data de criação permanecem desconhecidas,no entanto, o Padre Bouquerel poderia ser o autor, porque sua revista eucarística contém essencialmente textos escritos por ele.
Em janeiro de 1913, a Oração foi descoberta pelo Cônego Louis Boissey (1859 + 1932),que era um apaixonado pelo tema da paz que a publica no boletim francês “Les Annales de Notre Dame de Paix” “Os Anais de Nossa Senhora da Paz”- citando como origem " A sineta" “La Cloclette”.
Em 1915, durante a primeira guerra mundial, o Marquês Stanislas de la Rochethulon et Grente (1862-1945 leitor de “Os Anais de Nossa Senhora da Paz” “Les Annales de Notre Dame de Paix” , presidente da associação anglo-francesa "A Memória Normanda" - Le Souvenir Normand, - publicou-o na sua revista
Em 20 de janeiro de 1916, Bento XV publicou uma tradução italiana da oração na primeira página do L'Osservatore Romano. "A Oração Normanda de Lembrança pela Paz". Acrescentou que havia recebido algumas orações pela paz e que entre eles iria reproduzir um dirigido especialmente ao Sagrado Coração.
Foi então que por volta de 1916 a 1918 o Padre Étienne Benoît, diretor da Ordem Terceira Franciscana da região de Reims,imprime "A Oração pela Paz"com uma imagem de São Francisco e com a invocação ao sagrado Coração em seu verso.
No rodapé, sublinhava que aquela oração fora retirada da " A Memória Normanda" “Le Souvenir Normand”.
Madre Teresa de Calcutá usou essa oração para ensinar as freiras de sua congregação a orar.
Oração da Paz
Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna! Amém.
#religião católica, #santos #oração

Пікірлер: 4

  • @dorivalfernandesfreitag2804
    @dorivalfernandesfreitag280429 күн бұрын

    Sao Francisco nos de a paz

  • @fozdivinaarte7458

    @fozdivinaarte7458

    27 күн бұрын

    Amém.🙏🙏

  • @priscillafreitag1590
    @priscillafreitag1590Ай бұрын

    ❤❤🙏🙏🙏

  • @fozdivinaarte7458

    @fozdivinaarte7458

    Ай бұрын

    🙏🙏🙏