O que é Causalidade - Kant e Hume

Nesse vídeo falamos sobre causalidade, sobre a natureza da causalidade. A causalidade é um elemento essencial no trabalho dos cientistas, entretanto, o estudo sobre a natureza da causalidade é realizado pelos filósofos. Os filósofos trabalham com as questões: O que é causalidade? Como a causalidade pode ser pensada?
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Roteiro e apresentação: Romeu Rossi Júnior
Edição e motion design: Nívea Freitas

Пікірлер: 37

  • @jgxc8
    @jgxc8Ай бұрын

    Kant absolutamente correcto!

  • @profviniciusclaro
    @profviniciusclaroАй бұрын

    Muito bom!! Gostei! Vamos em frente!!

  • @canalcientificar

    @canalcientificar

    Ай бұрын

    Obrigado!

  • @Rintauro314
    @Rintauro3143 ай бұрын

    Opa man , ótimo video, me esclareceu uma dúvida que tenho a bastante tempo kkkk sempre encarei o princípio da causalidade como uma guia para o entendimento do mundo, mas que não é uma característica real dele. Muito obrigado, sucesso e boa sorte.

  • @canalcientificar

    @canalcientificar

    3 ай бұрын

    Muito obrigado! Que bom q o vídeo te ajudou!

  • @sidssouza
    @sidssouza Жыл бұрын

    mto bom

  • @caioabreu4688
    @caioabreu4688 Жыл бұрын

    Excelente vídeo! Uma dúvida: nossa crença no perfeito funcionamento da física clássica para explicar os fenômenos físicos, dada nossa limitação amostral, e a subsequente troca de entendimento com a apresentação de novas teorias (quântica e relativistica) e novos dados, não é, de certa forma, um argumento pró-Hume? A nossa limitada experiência fazia com que atribuissemos uma causalidade incorreta aos fenômenos? Ou o fato de parte dessas descobertas terem ocorrido "aprioristicamente" via física teórica, seria mais um argumento pró-Kant? Obrigado.

  • @canalcientificar

    @canalcientificar

    Жыл бұрын

    Obrigado! Excelente pergunta! Acho que é possível usar os 2 filósofos para pensar a transição da física clássica para quântica. Começando pelo kant. Quando tentamos aplicar os conceitos da filosofia de Kant na física quântica, temos que pensar em algumas adaptações. A visão kantiana de que existe um caráter a priori do entendimento enfrenta alguns problemas quando pensamos em sistemas quânticos. Por exemplo, o princípio de causalidade (como conhecemos no mundo clássico) não se aplica aos sistemas quânticos. Alguns filósofos estudam alternativas para manter a estrutura da filosofia kantiana (as categorias a priori) no contexto da física moderna. Outros discordam e defendem que Kant não seria adequado para o entendimento dessa teoria da física. Mas, se aceitarmos as adaptações propostas pelos kantianos, podemos aceitar que as descobertas da física moderna estão relacionadas ao caráter a priori do entendimento. Sobre o argumento pró-Hume, concordo com vc. Parece que esse argumento pode ser usado para entender a evolução das teorias científicas, não apenas da física quântica, mas de qualquer teoria científica. Não sou especialista em filosofia humeana, então vale a pena verificar se esse argumento tem algum furo.

  • @luizpaulosouza2083
    @luizpaulosouza20837 ай бұрын

    Muito interessante a explicação! O problema é que Kant não consegue responder totalmente, utilizando seu exemplo ainda podemos dizer: a pedra cair é algo necessário somente pelo hábito. E sim, igual a um time ganhar só pela cor da camisa do torcedor... não podemos comparar ambos porque a frequência da gravidade é de milhares de anos, e somente por isso acreditamos. É claro que hoje temos a explicação de que ela cai por causa da massa da Terra, e portanto ela sempre cairá. Mas pode ocorrer de algum evento interferir na nossa gravidade.. ou seja, não é NECESSÁRIO que a pedra caia, assim como não é o time ganhar, mesmo com a descoberta científica. Isto nos quer dizer que mesmo a ciência está sujeita a contextos históricos e temporais. Kant nos diz que são possíveis juízos sintéticos a priori, mas não tem como provar que eles representarão a realidade, o problema de Hume permanece aberto

  • @canalcientificar

    @canalcientificar

    7 ай бұрын

    Tb acho. Penso que o mesmo vale para quase todos os problemas da filosofia, por isso ela é tão interessante.

  • @Gabriel.Pilger

    @Gabriel.Pilger

    5 ай бұрын

    Sendo assim, se alguma propriedade do planeta mudar, mudando seu campo gravitacional, a causalidade se preserva. A causa de a pedra deixar de cair, pós mudança da terra, será implicada/causada pela mudança de propriedade da terra - diminuição da gravidade.

  • @luizpaulosouza2083

    @luizpaulosouza2083

    5 ай бұрын

    boa observação. Na minha visão Hume não é contra a ação e reação mecânica, o que seria absurdo. Se algo ocorre com o campo gravitacional certamente implicaria mudanças. Mas o que é estranho é a crença na causa, ou seja, a inferência que fazemos pelo hábito de que a pedra necessariamente cairá.@@Gabriel.Pilger

  • @Gabriel.Pilger

    @Gabriel.Pilger

    5 ай бұрын

    @@luizpaulosouza2083 na verdade, a causalidade sempre terá que ser assumida. Mas o hábito, não é uma causa deterministica, justamente porque os entes que interagem entre si, todos eles, estão suscetíveis a mudanças. Pois não tem permanência infinita, nem de energia e nem de propriedades. Sendo assim, uma mudança na proporção do ente, ou alteração de alguma qualidade, implica na mudança da própria interação que este ente terá com outro. Mas a interação que ele terá com outro, é implicada justamente pela atualização dos seus atributos - como a diminuição da massa da terra implicaria na diminuição da força gravitacional, por exemplo. Sendo assim, a causalidade é uma necessidade ontológica, pois tudo o que é, é por alguma causa, determinada pela proporção do ente, posição e qualidades intrínsecas ou até localização (entre quais entes se encontra) e também por essa série de atributos nos entes que interagem com ela.

  • @Gabriel.Pilger

    @Gabriel.Pilger

    5 ай бұрын

    Uma coisa interessante de se pensar, é o seguinte: Todo ente físico é suscetível a mudança. Inferimos que até o espaço vazio muda - muda sua proporção ao se expandir - e tudo que se move, está em constante mudança. Mas tudo também tem um grau de permanência. Só pelo fato de algo existir dentro de um determinado intervalo de tempo, este algo estará tendo sua existência permanente durante tal intervalo de tempo. O modo como as coisas existem também se altera constantemente, mas todas elas também tem um grau de permanência nesse modo de ser, que se dá no intervalo entre uma alteração e outra. Por exemplo, o sol está a cada instante esgotando mais energia - se alterando - mas, há uma permanência, ele permanece com a capacidade de sustentar a vida na terra, permanece com seu brilho - pode não ser na exata mesma proporção, mas há permanência da qualidade de brilhar - então, tudo o que é, tem algum grau de permanência e um grau de mudança. Mudança numa determinada proporção, causa uma mudança na própria interação que o ente poderá ter com outros entes e vice versa. Mas o intervalo de permanência de determinados atributos, permite o ente poder preservar determinadas formas de interação. O que inferimos como causa de algo, é a nossa capacidade de perceber o que daquele ente, enquanto permanece nele, causa determinada interação com outro ente, enquanto o outro ente também preserva determinados atributos necessários para tal interação. Mas como é evidente, somos incapazes de esgotar absolutamente todos os atributos de qualquer ente que seja, e os atributos dos entes que interagem com ele. Sendo assim, podemos confundir a causalidade determinada pelos próprios atributos intrínsecos aos entes, com a nossa capacidade de perceber tais atributos - que é o que geralmente fazemos. Quando inferimos um hábito num ente, devemos sempre pressupor que ele não terá permanência infinita, mas que, a mudança se dá pelo próprio esgotamento de seus recursos intrínsecos, agregamento de recursos extrínsecos em si, alteração de proporção e etc. Ou que tais mudanças ocorreram com o ente que está interagindo com ele. No fim, as coisas ocorrem determinadas pelas próprias potências dos entes que interagem entre si, que implica nas causas e efeitos decorrentes de suas interações - causalidade - e tentamos investigar quais qualidades de tal ente causa qual interação com outro ente, dentro de quais condições. E nossa percepção e/ou entendimento das causas pode ser equivoca, mas a causa estará lá independente da nossa capacidade errante de percebê-las.

  • @amandacaiana3895
    @amandacaiana3895 Жыл бұрын

    Acho que houve um equívoco, no meu ver para ambos autores a causalidade é sim uma realidade objetiva. O que esta em questão é a nossa interpretação da causalidade. Essa sim, seria pra hume uma projeção da mente humana. O fato de associarmos o movimento da bola a colisão é interpretação nossa, mas isso não exclui o fato de que o movimento da bola é um efeito de causas anteriores, seja ela colisão ou não.

  • @canalcientificar

    @canalcientificar

    Жыл бұрын

    Sim, boa observação. Tb acho que essa pode ser uma interpretação possível para a noção de causalidade de Hume. No caso de Kant, não sei se daria para dizer o mesmo. O princípio de causalidade é um princípio do entendimento, e não uma propriedade da coisa em si.

  • @Rintauro314

    @Rintauro314

    3 ай бұрын

    É isso msm no meu entendimento, tudo é questão de definição. Hume ataca a causalidade na forma que é definida como: "A causalidade diz respeito à ligação entre dois eventos em que um causa o outro. Essa ligação deve ser necessária e permanente, ou seja, o primeiro evento causa o segundo sempre e irrevogavelmente" Dessa forma, ele mostra que essa causalidade de fato não existe além da nossa mente, como o caso das bolinhas, quando vemos a primeira bater na outra e essa se move, fazemos a seguinte ligação de causalidade baseada no hábito: "A primeira bolinha colidindo com a segunda, faz a segunda se mover" Evento A: a primeira bolinha se movendo. Evento B: a segunda bolinha se mover. Relação de A com B: colisão. Dentro da definição da causalidade acima, dizer "que a primeira bolinha colide com a segunda" é suficiente para "a segunda bolinha se mover" é um erro, logo, não há um relação de causalidade aqui segundo a definição. Outros fatores externos podem influenciar ou a primeira bolinha possa estar devagar demais ao ponto de só colidir sem gerar deslocamento na segunda, esses são exemplos de como a relação dada pode resultar no "não movimento da segunda bolinha", mostrando que a relação causal apresentada de fato não existe, o que sobra é apenas uma relação de possibilidade "a primeira bolinha ao colidir com a segunda, pode fazê-la se mover". Como nosso conhecimento é baseado na experiência, nada garante que a ligação dos eventos que fazemos não seja fruto de um erro, ou seja, aquela relação nunca existiu ou depende de fatores externos. Sendo assim, Hume refuta esse tipo de causalidade.