O ERRO COMO APRENDIZAGEM | ARTE E ESPIRITUALIDADE EM SERRALVES

Ойын-сауық

Nestes tempos de obsessão pela materialidade do sucesso rápido ressoa a urgência de regresso a um lugar de silêncio. A Arte, força vital de profunda espiritualidade, é ela própria estremecimento, inquietação e apaziguamento. De que forma dialoga a Arte com a Ciência, a Filosofia, a Religião, o Pensamento?
Na Arte, como na Ciência, não existe um lado certo e um errado. Ambas são processos que decorrem tanto da história quanto do arrojo, do intuito, da vitalidade, do confronto com o desconhecido. Contra o saber científico de então, e apesar da ausência de instrumentos que o pudessem sustentar, Galileu percebeu que a física dos astros era igual à da Terra. Colocando em risco tanto a reputação quanto a vida, usou erros metodológicos, seus e alheios, para mudar mil e quinhentos anos de certezas geocêntricas. Hoje, a obsessão pelo sucesso, pela formatação do ensino vergado à ascensão social, castiga o erro como se este não nascesse da mão dos deuses que habitam a criatividade. O Homem erra porque tenta. E tentará sempre enquanto houver matéria que o provoque e espírito que se incendeie, pronto para a rebelião.
Pedro Abrunhosa
16/07/2019
Oradores:
Gonçalo M. Tavares
Professor Sobrinho Simões
Moderadora: Maria João Costa
Comissariado do Ciclo de Conferências: Pedro Abrunhosa e Paulo Mendes Pinto

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