Os oceanos do mundo são vastos e, mesmo para os navios modernos, são lugares extremamente perigosos.
Se alguém se encontrar em uma situação de naufrágio sozinho, não há esperança de vencer a fúria da natureza.
No entanto, quando parece que o resgate é impossível e só resta esperar por um milagre, os milagres acontecem.
É um lugar onde acontecem muito mais milagres do que em qualquer outro lugar!
Hoje vamos compartilhar histórias de pessoas que sobreviveram em ilhas desertas ou no meio do oceano.
Alexander Selkirk
Vocês se lembram do corajoso Robinson Crusoé, não é mesmo?
Ele é a pessoa que passou 28 anos em uma ilha deserta, junto com seu fiel companheiro Sexta-feira.
Na verdade, este livro não é completamente ficcional.
O protagonista do romance de Daniel Defoe tinha como modelo uma pessoa real, o marinheiro escocês Alexander Selkirk.
Depois de fugir de sua vila, ele passou 10 anos navegando em várias embarcações, inclusive chegou a ser pirata.
Em 1703, Selkirk foi contratado como mestre de navegação em um dos navios do explorador britânico William Dampier, o que marcou um ponto de virada em sua carreira.
Em certo momento, o navio em que Selkirk trabalhava chegou à ilha deserta de Más a Tierra.
Esta ilha está localizada no Pacífico, a 674 quilômetros da costa do Chile.
Maurice e Maralyn Bailey
Em certo momento, o casal Maurice e Maralyn Bailey partiu de Southampton, no Reino Unido, em direção à costa da Nova Zelândia.
Eles atravessaram o Atlântico no veleiro "Auralyn", de 9 metros de comprimento, passaram pelo Canal do Panamá e chegaram às Ilhas Galápagos, mas então foram surpreendidos por um desastre.
Em 4 de março de 1973, uma baleia enfurecida atacou o veleiro, que não resistiu ao ataque e acabou afundando no oceano Pacífico.
Felizmente, antes disso, Maurice e Maralyn conseguiram transferir suprimentos para um bote salva-vidas e embarcar nele.
Os alimentos acabaram rapidamente, e o casal precisou capturar criaturas marinhas para manter sua força.
Para isso, eles improvisaram anzóis com alfinetes comuns e aprenderam técnicas de pesca.
O casal coletava água da chuva quando ela caía, se escondia quando os tubarões se aproximavam e jogava jogos de tabuleiro para passar o tempo.
Rose-Noëlle
Em 4 de junho de 1989, às 6 horas da manhã, o trimarã "Rose-Noëlle" de 6,5 toneladas foi atingido por uma enorme onda com um estrondo, virando a embarcação.
Quando a escotilha da cabine começou a se encher de água, havia homens aterrorizados dentro da cabine.
Esses 4 homens eram John Glennie, James Nalepka, Rick Hellriegel e Phil Hoffman.
Eles planejavam ir para as ilhas de Tonga, no meio do Pacífico, mas ficaram presos perto da costa da Nova Zelândia.
A armadilha inicialmente parecia ser apenas uma pequena aventura.
Os homens fecharam a escotilha, abriram um buraco no casco do trimarã para escapar para cima e sentaram-se no fundo do barco, aguardando ajuda.
Eles estavam convencidos de que a ajuda chegaria em breve.
Lucy Irvine e Gerald Kingsland
A britânica Lucy Irvine trabalhou em uma variedade de empregos ao longo de sua vida, incluindo garçonete, faxineira, assistente de pedreiro, tratadora de macacos, confeiteira, modelo e entre outros.
Um dia, enquanto lia a revista Time Out, Lucy viu um anúncio em que o famoso jornalista Gerald Kingsland estava procurando uma companheira feminina para acompanhá-lo em uma viagem a uma ilha deserta.
Obviamente, era uma oferta atraente, então a Lucy de 25 anos rapidamente se casou com Gerald.
Não foi por amor, mas sim para cumprir os requisitos do departamento de imigração da Austrália.
Em 1982, o casal chegou à desabitada ilha Tuin, no estreito de Torres, entre a Austrália e a Nova Guiné.
Devido à severa seca, o local não era exatamente um paraíso.
Gerald e Lucy sofreram com a escassez de água e teriam perdido suas vidas sem a ajuda do povo Badu.
Escravos da ilha Tromelin
Em 31 de julho de 1761, a fragata francesa "Utile" estava transportando um grupo de escravos que deveriam trabalhar em plantações, acelerando de Madagascar para Maurício.
No entanto, devido a uma navegação errada, o navio saiu da rota e colidiu com recifes perto da Ilha francesa.
Nem todos sobreviveram, mas os membros da tripulação e os 60 escravos malgaxes restantes conseguiram chegar à terra firme.
Como o capitão enlouqueceu, o tenente Barthelemy Castellan du Vernet assumiu o comando, e sob sua liderança, os sobreviventes estabeleceram dois acampamentos, um para a tripulação e outro para os escravos.
Logo depois, foram construídas uma forja e um forno na ilha, e as pessoas começaram a construir um novo navio a partir dos destroços do navio para escapar para terras habitadas.
Cerca de dois meses depois, em 27 de setembro, 122 membros da tripulação partiram da ilha a bordo do navio Providence, deixando para trás 60 homens e mulheres malgaxes na ilha deserta.
Na despedida, o tenente Castellan prometeu que voltaria para buscá-los ou enviaria um navio para resgatá-los.