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Metrô SP | O trem M20 está de volta à operação - Linha 15-Prata (monotrilho)

Após quase 4 anos fora de serviço, o trem M20 retornou à ativa pela linha 15-Prata do monotrilho. Ele estava retido desde 27/02/2020, após uma ocorrência extremamente grave, e diversos entraves judiciais entre o Metrô e o consórcio CEML - Consórcio Expresso Monotrilho Leste (formado pelas empresas Construtora Queiroz Galvão S/A, Construtora OAS Ltda., Bombardier Transit Corporation e a extinta Bombardier Transportation Brasil Ltda que hoje é Alstom) responsável pelo fornecimento dos trens e das vigas. Durante este período, ele permaneceu no pátio Oratório. Somente no início deste ano, ele começou a ser recondicionado para prestar serviços novamente, e retornou nesta quinta-feira (15/02/2024). A linha 15 atualmente possui uma frota de 25 trens, sendo que 23 deles estão operacionais (M01 e M02 // M04 ao M06 // M08 ao M21 // M24 ao M27). Enquanto isso, outros 2 trens (M03 e M07) estão retidos e também aguardam liberação.
No vídeo acima, você poderá conferir alguns registros dele detalhadamente. Espero que curtam!!! 😎👊
■HISTÓRICO POLÊMICO DO TREM M20🚝
Em 27 de fevereiro de 2020, a linha 15-Prata do monotrilho protagonizou uma ocorrência grave, que ocasionou o fechamento da mesma por quase quatro meses (retornando inicialmente entre Vila Prudente e Jardim Planalto no dia 01/06/2020, e entre Jardim Planalto e São Mateus somente em 18/06/2020. Na época, apenas parte da frota havia sido liberada, sendo: M01 ao M04, M07, M08, M14, M21 e M26).
A composição de prefixo M20, que partia da estação Jardim Planalto por volta das 6h40, sofreu com o estouro de um de seus pneus de carga (305/70 R22), o que fez com que parte de suas peças voassem e caíssem na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, quase atingindo uma loja próxima. A ordem da suspensão da operação foi dada pelo consórcio CEML, responsável por fornecer os trens do modelo Innovia 300 e as vigas onde eles trafegam. Em março daquele ano, a empresa apontou diversas causas do que poderia ter levado uma das peças internas do pneu, chamada de runflat ter se rompido. O runflat é uma peça que permite a rodagem do pneu de carga desinflado a até 15 km/h, sendo que a distância mínima entre o mesmo e a banda de rodagem interna do pneu deve ser de 6 mm. Este também incorpora uma trava do talão de borracha para eliminar a chance de deslocamento ao longo do aro, assegurando que o pneu permaneça no aro mesmo após a perda de pressão. Eles também estão presentes nos pneus-guia, onde estas alinham de modo ideal os pneus de carga em relação ao sentido de deslocamento da via, minimizando os desgastes. Foram apresentadas também as soluções para a correção dos problemas. Entre elas, as modificações a serem realizadas nos trens (redução do diâmetro do runflat), a exigência de seguir a especificação do manual de manutenção de forma mais rigorosa e realizar a correção dimensional das vigas em 192 pontos da linha (sob responsabilidade do consórcio, conforme o relatório da COPESE - Comissão Permanente de Segurança em Sistemas Operacionais).
Porém, somente em 29 de junho de 2020, o Metrô de fato instaurou um processo para responsabilizar o consórcio. Neste meio tempo, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) gerou um laudo independente e sigiloso sobre o ocorrido, nunca vindo à público esclarecer o que de fato ocorreu, e a própria gestão do estado na época tentou abafar o caso. Em agosto/2021, o CAEx - Centro de Apoio Operacional à Execução, por meio do Núcleo de Engenharia - NENG, do Ministério Público do Estado de São Paulo, concluiu que a ocorrência foi fruto de uma conjunção de fatores relacionados a problemas no projeto e execução das obras civis, além de irregularidades na montagem e fabricação dos trens. O relatório elaborado pelo promotor Silvio Antônio Marques, responsabiliza o CEML. Na época, o próprio consórcio fornecedor do sistema e a fabricante de pneu Michelin detectou um problema de torque no conjunto que forma as rodas. Houve o toque entre o runflat e a face interna do pneu de carga. Além disso, após testes e análises realizados com o próprio M20 em maio de 2020 (enquanto a linha estava paralisada), foram constatados defeitos relacionados à fabricação dos trens.

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  • @TrilhosQueMovemSP
    @TrilhosQueMovemSP5 ай бұрын

    Após quase 4 anos fora de serviço, o trem M20 retornou à ativa pela linha 15-Prata do monotrilho. Ele estava retido desde 27/02/2020, após uma ocorrência extremamente grave, e diversos entraves judiciais entre o Metrô e o consórcio CEML - Consórcio Expresso Monotrilho Leste (formado pelas empresas Construtora Queiroz Galvão S/A, Construtora OAS Ltda., Bombardier Transit Corporation e a extinta Bombardier Transportation Brasil Ltda que hoje é Alstom) responsável pelo fornecimento dos trens e das vigas. Durante este período, ele permaneceu no pátio Oratório. Somente no início deste ano, ele começou a ser recondicionado para prestar serviços novamente, e retornou nesta quinta-feira (15/02/2024). A linha 15 atualmente possui uma frota de 25 trens, sendo que 23 deles estão operacionais (M01 e M02 // M04 ao M06 // M08 ao M21 // M24 ao M27). Enquanto isso, outros 2 trens (M03 e M07) estão retidos e também aguardam liberação. No vídeo acima, você poderá conferir alguns registros dele detalhadamente. Espero que curtam!!! 😎👊 ■HISTÓRICO POLÊMICO DO TREM M20🚝 Em 27 de fevereiro de 2020, a linha 15-Prata do monotrilho protagonizou uma ocorrência grave, que ocasionou o fechamento da mesma por quase quatro meses (retornando inicialmente entre Vila Prudente e Jardim Planalto no dia 01/06/2020, e entre Jardim Planalto e São Mateus somente em 18/06/2020. Na época, apenas parte da frota havia sido liberada, sendo: M01 ao M04, M07, M08, M14, M21 e M26). A composição de prefixo M20, que partia da estação Jardim Planalto por volta das 6h40, sofreu com o estouro de um de seus pneus de carga (305/70 R22), o que fez com que parte de suas peças voassem e caíssem na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo, quase atingindo uma loja próxima. A ordem da suspensão da operação foi dada pelo consórcio CEML, responsável por fornecer os trens do modelo Innovia 300 e as vigas onde eles trafegam. Em março daquele ano, a empresa apontou diversas causas do que poderia ter levado uma das peças internas do pneu, chamada de runflat ter se rompido. O runflat é uma peça que permite a rodagem do pneu de carga desinflado a até 15 km/h, sendo que a distância mínima entre o mesmo e a banda de rodagem interna do pneu deve ser de 6 mm. Este também incorpora uma trava do talão de borracha para eliminar a chance de deslocamento ao longo do aro, assegurando que o pneu permaneça no aro mesmo após a perda de pressão. Eles também estão presentes nos pneus-guia, onde estas alinham de modo ideal os pneus de carga em relação ao sentido de deslocamento da via, minimizando os desgastes. As possibilidades apresentadas pela CEML para o incidente foram as seguintes: •O contato do runflat com os pneus devido a desvios maiores que os projetados para deslocamento e rolagem, levando ao desgaste / dano e ruptura do pneu; •Carga dinâmica excessiva da via dimensionalmente fora do especificado; •Comportamento anormal do truque devido a problemas nos componentes (ou seja, amortecedores com falha, desgaste anormal do pneu guia, fatores adicionais como carga de vento, desequilibrio de carga de passageiros, velocidade nas curvas); •Deslocamento do beadlock com a movimentação em serviço; •Calor excessivo e tensão radial, forças de contato excessivas, possível deformação do conjunto que leva à ruptura; •Vibração excessiva da montagem devido à erros de montagem, inclinação do truque e desgaste do pneu guia; •Montagem pobre e tolerância de fabricação, desempenho pobre material; •Manutenção do conjunto da roda que não seguiram as recomendações do Manual de Manutenção (aplicação de graxa, condições das peças, etc). Foram apresentadas também as soluções para a correção dos problemas. Entre elas, as modificações a serem realizadas nos trens (redução do diâmetro do runflat), a exigência de seguir a especificação do manual de manutenção de forma mais rigorosa e realizar a correção dimensional das vigas em 192 pontos da linha (sob responsabilidade do consórcio, conforme o relatório da COPESE - Comissão Permanente de Segurança em Sistemas Operacionais). Porém, somente em 29 de junho de 2020, o Metrô de fato instaurou um processo para responsabilizar o consórcio. Neste meio tempo, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) gerou um laudo independente e sigiloso sobre o ocorrido, nunca vindo à público esclarecer o que de fato ocorreu, e a própria gestão do estado na época tentou abafar o caso. Em agosto/2021, o CAEx - Centro de Apoio Operacional à Execução, por meio do Núcleo de Engenharia - NENG, do Ministério Público do Estado de São Paulo, concluiu que a ocorrência foi fruto de uma conjunção de fatores relacionados a problemas no projeto e execução das obras civis, além de irregularidades na montagem e fabricação dos trens. O relatório elaborado pelo promotor Silvio Antônio Marques, responsabiliza o CEML. Na época, o próprio consórcio fornecedor do sistema e a fabricante de pneu Michelin detectou um problema de torque no conjunto que forma as rodas. Houve o toque entre o runflat e a face interna do pneu de carga. Além disso, após testes e análises realizados com o próprio M20 em maio de 2020 (enquanto a linha estava paralisada), foram constatados defeitos relacionados à fabricação dos trens, sendo: •Diâmetro interno do conjunto do run flat maior do que o especificado no próprio desenho as-built fornecido pelo Consórcio CEML; •Pinos de montagem dos segmentos de run flat com comprimento maior que o padrão, em conjunto de pneu de carga-roda originalmente montado pela própria Hutchinson, subfornecedor da consorciada Bombardier; •Moeda de dólar “a quarter” encontrada dentro de um conjunto de pneu de carga-roda originalmente montado pela própria Hutchinson; •Presença de graxa no run flat de conjunto de roda que nunca rodou (oriundo de truque novo) onde “não deveria haver segundo a própria análise dos técnicos estrangeiros da Hutchinson”; •Presença de duas graxas diferentes (branca e vermelha) num conjunto de roda montado pela própria Hutchinson; •Travas de talão (beadlocks) com valores de circunferências, larguras e ângulos diferentes; •Segmento de run flat com paredes de furos de alojamento de pinos de espessuras menores; •Fundição aparente incompleta de material em região próxima de furo de alojamento de segmentos de run flat. O processo se arrastou por anos até que fosse permitida a liberação do trem para transportar passageiros novamente, após os diversos retrabalhos e testes realizados.

  • @celsoaguiar2487
    @celsoaguiar24875 ай бұрын

    Na epoca que esse trem saiu de circulacao nem existia a Estacao Jardim Colonial, agora ele vai ate la como os outros!

  • @knotcory8
    @knotcory85 ай бұрын

    44 views e 1 comentário? Deixa eu arrumar isso

  • @glaucioprazeres4540
    @glaucioprazeres45405 ай бұрын

    Belo trabalho de pesqiisa Jean. Um detalhe engraçado, o que vale de verdade, são manutenção e segurança na operação. Mas, após quatro anos parado, nem para o Metrô refazer os adesivos "M20" nas máscaras, fica parecendo desleixo, kkkk Mudando de assunto sem sair do tema. Tenho curiosidade em saber qual o status, ou que farão com as "novas plataformas", que estão abandonadas em Osasco, desde os tempos de CPTM, não dá para culpar a VM aparentemente. Sabe algo a respeito? Isto, poderia virar uma serie de vídeos, semelhante as séries portas de plataforma, comentando sobre as estações do sistema. Valeu!!!

  • @TrilhosQueMovemSP

    @TrilhosQueMovemSP

    5 ай бұрын

    Opa, tudo bom? Acho que você confundiu os canais rsrs. Meu nome é Bruno. O canal do Jean Carlos é o "SP Sobre Trilhos". Mas de qualquer forma, obrigado pelo comentário do vídeo do M20. Por aqui eu mostro vídeos sobre as portas de plataforma tbm, sou o único canal que está fazendo isto desde que começaram.

  • @glaucioprazeres4540

    @glaucioprazeres4540

    5 ай бұрын

    @@TrilhosQueMovemSP Bruno, estou no canal certo sim, acompanho canal a um bom tempo, perdão pela troca do nome.