O Romantismo foi um movimento que dominou muitas áreas da arte, literatura, música e outros gêneros durante os séculos XVIII e XIX. Muitos estudiosos e historiadores da arte veem o movimento como uma resposta às mudanças e inovações da Revolução Industrial.
O movimento atingiu o que muitos consideram ser o seu auge em meados de 1800, mas o Romantismo continuou a ter um impacto duradouro no mundo da arte como um todo desde o seu início.
Ao contrário do movimento clássico anterior, o Romantismo concentra-se fortemente na beleza natural tanto na forma humana como na natureza. Muitos dos pintores mais influentes do movimento criaram obras paisagísticas que são consideradas verdadeiras obras-primas pelos historiadores e críticos de arte que estudam a época.
O foco do Romantismo estava centrado no estado emocional do tema nas pinturas, em vez de simplesmente tentar transmitir a beleza externa de uma figura específica.
O movimento produziu algumas das pinturas mais icônicas da história, que muitos historiadores da arte colocam entre as maiores obras desde a era do Renascimento.
Entre as pinturas do Romantismo mais famosas já criadas, a obra de Eugène Delacroix intitulada A Liberdade Guiando o Povo é amplamente considerada a pintura mais conhecida da época. Esta obra é famosa tanto por sua beleza cativante quanto pela mensagem da própria cena como um todo.
Delacroix era conhecido como um dos maiores apoiadores de um movimento conhecido como Revolução de Julho. Este evento ocorreu na França durante o verão de 1830 e consistiu na revolta de muitos cidadãos de classe baixa do país contra o rei Carlos X.
O artista pintou esta obra logo após a revolução para comemorar a derrubada do rei.
É uma das pinturas mais icônicas da história francesa, pois apresenta muitos plebeus franceses no meio de uma batalha acirrada contra os leais ao rei. A Liberdade, representada por uma bela mulher, lidera o ataque em direção à briga segurando a bandeira francesa em uma mão e um mosquete na outra.
Theodore Gericault procurou comemorar a bravura e perseverança dos homens a bordo de um navio que se tornaria um dos desastres marítimos mais trágicos da história francesa.
O Medusa, um navio de guerra francês que atuou durante as Guerras Napoleônicas do início do século 19, foi perdido após colidir com um grande banco de areia no Oceano Atlântico em 1816.
A tripulação original do navio era composta por 400 homens, mas apenas 151 conseguiram caber em uma jangada improvisada construída às pressas pelos sobreviventes. A jangada foi encontrada mais tarde com apenas 15 homens ainda vivos.
Géricault pintou uma obra que intitulou A Jangada da Medusa em 1819. A pintura mostra o tripulante ressecado esfolado na superfície da jangada enquanto ela flutuava sem rumo em mar aberto.
O estilo de pintura de Géricault é um dos exemplos mais ideais do estilo Romantismo, pois oferece um alto nível de significado emocional.
A verdadeira história era muito mais horrível do que a pintura retratada, já que muitos dos tripulantes sobreviventes teriam recorrido ao canibalismo para sobreviverem presos no mar durante semanas, no calor escaldante das rotas marítimas perto do Senegal.
Diz-se que Géricault estudou extensivamente o evento antes de criar a obra-prima, como um esforço para retratar com honra os eventos que ocorreram após o naufrágio da Medusa.
Uma das pinturas mais icônicas da era do Romantismo foi feita por Caspar David Friedrich em 1818. O artista alemão é conhecido por suas pinturas que apresentam figuras humanas contra céus noturnos estrelados e vistas amplas.
Seu trabalho intitulado Wanderer Above the Sea of Fog é de natureza semelhante, pois retrata um jovem explorador empoleirado no topo de um afloramento rochoso, com vista para um vale coberto de neblina abaixo.
A pintura foi feita durante uma época em que a exploração era amplamente romantizada por grande parte da Europa e dos Estados Unidos. O trabalho de Friedrich parece transmitir o sentimento de admiração e aventura que foi tão frequentemente procurado entre os muitos exploradores do início do século XIX.
Esta pintura é um exemplo de como as obras de arte do Romantismo foram capazes de elevar as obras paisagísticas a novos patamares aos olhos do público.
Muitos artistas do Romantismo retrataram alguns dos momentos mais cruciais da história mundial durante a época em que foram criados.
Foi o caso de Francisco Goya quando pintou uma das pinturas espanholas mais emblemáticas do movimento romântico intitulada O Terceiro de Maio de 1808.
Esta pintura foi feita para comemorar os acontecimentos ocorridos em Madrid durante os primeiros dias de maio de 1808. A cidade foi invadida e tomada pelo exército de Napoleão Bonaparte na primavera daquele ano. Os espanhóis que restaram na cidade levantaram-se contra as forças de ocupação francesas em 2 de maio de 1808, num esforço inútil para retomar Madrid.