Grandes jogos do futebol mineiro - Episódio 7 - O jogo do título do Atlético do Brasileiro de 1971

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O jogo do título do Atlético no Campeonato Brasileiro de 1971
Conviver com a hegemonia do maior rival no Campeonato Mineiro a partir da segunda metade dos anos 1960 foi amargo para o Atlético Mineiro. Ver o Cruzeiro ser campeão da Taça Brasil em 1966, um feito pioneiro para times fora do eixo Rio-SP, também foi difícil. Esse cenário fez o Atlético investir no elenco. Contudo, a equipe passou sete anos em jejum no Campeonato Mineiro a partir de 1963, enquanto o Cruzeiro se tornava pentacampeão estadual, com quatro vice-campeonatos consecutivos do Atlético. A criação do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, uma expansão do Torneio Rio-São Paulo, ajudou a mostrar que o Galo não era tão inferior aos conterrâneos. O Atlético não avançou à fase final nas duas primeiras edições do novo torneio nacional, mas teve pontuação igual à do Cruzeiro em 1967 e superior em 1968. Em 1969, o Atlético ficou a um ponto do quadrangular decisivo do Robertão e teve grande orgulho em setembro, ao derrotar a seleção brasileira por 2 a 1, em um amistoso que aumentou a pressão sobre o técnico João Saldanha. O Atlético Mineiro era competitivo, mas faltava um passo além.
Durante a seca de títulos, o Atlético teve técnicos renomados que não conseguiram levar a equipe ao sucesso. Martim Francisco e Marão, antigos campeões, não repetiram as glórias. Manuel Fleitas Solich e Gradim, badalados em outros estados, também falharam. Ayrton Moreira, campeão com o Cruzeiro, não durou mais que alguns meses no Galo. Mesmo Barbatana, que depois se destacaria, não estava preparado em sua primeira passagem. A solução viria com Telê Santana, de Itabirito, mas radicado no Rio de Janeiro desde a adolescência. Telê, ídolo do Fluminense, começou sua carreira como técnico no próprio clube, sendo campeão estadual nas categorias de base e nos profissionais em 1969. Saiu do Fluminense em março de 1970 devido a desentendimentos internos e logo foi contratado pelo Atlético Mineiro em abril de 1970.
Telê encontrou um vestiário conturbado após a passagem do autoritário Yustrich. Sem abandonar a disciplina, Telê criou um ambiente mais conciliador e aberto ao diálogo, garantindo harmonia entre titulares e reservas. Implementou um estilo de jogo veloz e agressivo. Não exigiu reforços, apenas pediu a renovação dos contratos de jogadores. Com a pausa dos campeonatos devido à Copa do Mundo, Telê enraizou seu trabalho. Resultado: o Atlético começou o Campeonato Mineiro voando e encerrou o jejum no estadual. Em 1970, o Galo teve uma campanha quase perfeita, com 20 vitórias em 22 partidas, encerrando a dinastia do Cruzeiro.
Em 1971, o Atlético teve um início modesto no Torneio do Povo e no Campeonato Mineiro, mas a intertemporada em Poços de Caldas foi crucial para a preparação física e tática da equipe. O Atlético terminou a primeira fase do campeonato nacional na liderança do Grupo B e se classificou para a segunda fase. Na semifinal, enfrentou e venceu times como Vasco e Internacional, garantindo um lugar na final.
O triangular final do Campeonato Brasileiro de 1971 contou com Atlético Mineiro, São Paulo e Botafogo. O Galo venceu o São Paulo por 1 a 0 no Mineirão, e o São Paulo derrotou o Botafogo por 4 a 1 no Morumbi. No jogo decisivo contra o Botafogo no Maracanã, o Atlético venceu por 1 a 0, com um gol de Dario, garantindo o título. A comemoração em Belo Horizonte foi imensa, com papéis picados e fogos de artifício celebrando a conquista.

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