Confundiu autor com narrador ou personagem? | Um convite à reflexão
Ойын-сауық
Distinção entre autor, narrador, personagem.
Como escrever um livro?
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Пікірлер: 57
Ótimo vídeo. Para mim esse é mais um sintoma da necessidade de ostentação de virtude dos nossos dias, que gerou a insuportável patrulha do politicamente correto.
4 жыл бұрын
ótima observação, Fabricio!
@jadecarvalhido1
4 жыл бұрын
Exato!
"Saímos à varanda, dali à chácara, e foi então que notei uma circunstância. Eugênia coxeava um pouco, tão pouco, que eu cheguei a perguntar-lhe se machucara o pé. A mãe calou-se; a filha respondeu sem titubear: - Não, senhor, sou coxa de nascença. (...) Porque bela, se coxa, porque coxa, se bela?" (Trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Esse vídeo é perfeito. Literatura não é só flores e heróis. Boa literatura e colocar o dedo na ferida e mostrar que o mundo não é prefeito.
4 жыл бұрын
Exatamente Marlon, precisamos ter isso em mente!
Ótimo vídeo! Eu experienciei isso quando fui fazer um curso de pós graduação na UNICAMP. (desde já deixo claro que não tenho nada contra a instituição) Entrei num curso de Pedagogia Não Violente (esse não era o nome, mas era essa a intenção) e no final da primeira aula um dos dois professores colocou como exemplo de "violência" a História em Quadrinhos "Hagar o Horrível", de Dik Browne, dizendo que era um absurdo publicarem uma história onde o protagonista é machista e só pensa em guerrear, ganhar dinheiro e beber cerveja na taverna com seus amigos. Como o curso era na área de Pedagogia e eu sou artista independente formado em Cinema, estava totalmente fora de contexto na sala de aula, mas deixei rolar para tirar o melhor proveito da aula, mas... quando o professor deu esse exemplo eu me levantei e fui embora para nunca mais voltar. Depois pensei que deveria ter discutido com ele (na melhor intenção da palavra) porque não faz sentido um professor de pedagogia da unicamp falar uma besteira daquela. Dik Browne não é o Hagar, assim como Jim Davis não é o gato Garfild e não faz apologia a se odiar as segundas-feira, ao sedentarismo e a obesidade. Eles estão fazendo sátiras justamente para criticar as pessoas que adotam esse tipo de comportamento, ou seja. O tal "professor" estava criticando um mundialmente renomado autor que tinha o mesmo ponto de vista dele próprio.
bom vídeo, mas, realmente, confundir autor/narrador com algum personagem é quase infantil, metade dos livros de ficção seriam armas de julgamento de valores enganosos sobre o autor. Tem que se ler livros como se eles fossem sempre escritos por pseudônimos. Esquece o autor sempre. ;) bjs
@Jefersoul
4 жыл бұрын
Faço das suas as minhas palavras.
4 жыл бұрын
Comentário extremamente pertinente Felipe, obrigado por assistir!
Na minha opinião, esse vídeo devia ganhar selo de utilidade pública! Eu nunca vi ninguém tratando sobre esse tema e é algo extremamente pertinente à atualidade!
4 жыл бұрын
Caramba Mikka, obrigado pelo carinho!
Parabens, Flavia . Paciência,delicadeza e clareza ao explicar a chatice dos patrulheiros do politicamente correto.🌷
Reflexão importantíssima! Já aconteceu comigo algumas vezes, mas hoje em dia eu tento ser mais reflexiva quanto a esse aspecto, justamente pelo que você falou sobre função da arte de levantar essa reflexão sobre nós mesmos e a sociedade. Parabéns pelo vídeo!!!
Não, nunca detestei um personagem. Excelente live!
Eu participei da semana do contista. Foi bem legal. As pessoas tem que aprender a separar as coisas. Acredito que vai demorar, pois mesmo com a novela televisiva ainda confundem os atores com personagens. Eu acredito nas palavras de Roland Barthes, na "morte do autor" e na separação do autor(a), narrador(a) e do autor(a). Concordo com sua reflexão porque sempre pensei nisso. A verdade é : as pessoas não querem separar, querem que tudo seja como elas querem e de acordo com a ideologia delas. 😉
Concordo plenamente com você. Obrigado pela aula informativa e reflexiva mente.
Ótima análise! E muito libertadora, sem dúvida! Como, além de autor, sou ator, estou familiarizado com essa confusão. Ela é um problema, mas, no fundo, provocar sentimentos com uma obra de arte é um ótimo sinal!
Que canal maravilhosooo!!!
Que excelente esse vídeo. Me ajudou demais
Boa análise. Escrevi um livro de poesia, ainda não publicado, com um personagem a escrever, algo como poesia de heterônimos, popularizada por Fernando Pessoa. É um ótimo exercício para o escritor, e para o Homem, pensar em como outras pessoas pensam. Independente de colocar ou não isso no papel.
Muito bom o vídeo 🎉
Muito bom!!! Parabéns!!! Ao criar personagens tudo bem não ter nenhum apego, empatia com o personagem??? Tudo bem criar personagens para simplesmente este servir de escada para um outro personagem????
Que saudade rsrs 🖤
4 жыл бұрын
Você torceu pra kct as coisas pra fazer essa defesa. Você sabe que não é essa a questão das críticas.
Concordo com tudo. Sensata.
Ótima Explicação
4 жыл бұрын
Obrigado Livia!
gostei muito
Reflexão fundamental pra quem quer ser escritor. Acho que todos nós já fizemos essa confusão entre autor e personagem ou narrador alguma vez na vida. O importante é nos tornarmos conscientes disso e desenvolvermos mais nossa visão crítica. Parabéns, Flávia! Seus vídeos trazem sempre uma questão importante sobre o mundo da escrita de ficção.
Parabéns Flavinha! Excelente explicação. 😻
4 жыл бұрын
Obrigado querido!
Ótimo vídeo.
4 жыл бұрын
Obrigado querido!
Pqp... Que vídeo! ❤️ Gratidão!
Falou e disse. Mas o leigo sempre irá pensar que o autor é o personagem. O que eu mais escuto é: Mas você realmente passou uma situação como aquela que está na pagina tal? E eu já estou cansada de dizer: Um livro é uma compilação de flashs da realidade, então a gente cria um personagem e cria um mundo romantizado (no meu caso) diante da percepção de mundo de um grupo de pessoas ou não. Quando as pessoas vão entender?
Eu normalmente não misturo narrador e autor, a menos que seja uma crônica, que normalmente vem carregada de opiniões pessoais da pessoa que escreve. Mas no geral, não gosto quando fazem essa mistura. Historias precisam ter personagens diferentes com opiniões diferentes para ter um desenvolvimento mais "dinâmico", sem ser algo monótono e repetitivo. Isso me lembra aqueles animes de heróis que os próprios vilões tem opiniões diferentes e acabam tendo brigas entre si ( o que é até engraçado em alguns casos ).
Esse vídeo está com um enquadramento muito bacana. Maquiagem também na medida.
Ola! Sempre o ponto alto do youtube. Gostaria de mais informações sobre um narrador inconsistente. sds.
Amei o vídeo
4 жыл бұрын
Obrigado Larissa!
Todos que se dizem leitores deviam ver esse vídeo. Esses pontos que aponta é algo que de tempos em tempos discuto com alguém a respeito. Respondendo a questão. Não esse tipo de reação, mas já li livros que não gostei nada do protagonista nem entendi o objetivo narrativo da história (aquelas que levam de nenhum lugar a lugar algum)
Ótima observação, não entendo por que as pessoas confundem isso. Li o conto Cat Person e não tive essa impressão, o narrador é o narrador e ponto. Apenas acho que a Margot conseguiu com tudo aquilo foi um stalker, senti a temor dela.
4 жыл бұрын
É exatamente isso Alba, obrigado pelo seu comentário tão pertinente!
Comigo não foi livro mais o filme "O menino de pijama listrado" odiei as crueldades dos personagens
Escrevo sobre crimes e assassinatos, o que não me torna um assassino.
Faltou falar de um lado dessa situação: O lado onde realmente escritores colocam muito de suas ideoologias e pensamentos dentro de suas obras, os quais não são bem vistos. como por exemplo nos livros de H.P Lovecraft, podemos observar ofensas racistas, e o autor era racista. Outro exemplo nacional foi monteiro Lobato. Diante destes não há como defender.
Vc tá devendo um conto? Mostra ai seu gênero pra gente, queria saber se vc é boa de romance.
Eu senti exatamente isso, quando abordei morte do personagem ou quando abordei pedofilia. Pediram pra eu mudar e não consegui entender se a pessoa gostou do texto.
@nadijatot2162
2 жыл бұрын
Vou compartilhar, SEU vídeo Flávia é muito esclarecedor. Agora sei responder e orientar meus leitores
Uma análise muito boa, Flavia. No caso em questão, as pessoas confundiram a voz da autora com a voz da pessoa física. O interessante da literatura é ver o autor(a) fazer uma critica utilizando o personagem. Bom, pode ser que o autor(a) esteja expondo os próprios preconceitos através dos personagens. Eis a magia da arte: "Nunca saberemos. E nos fará pensar na possibilidade". Já vi acontecer o seguinte: Uma história narrada em terceira pessoa. Só que o narrador onisciente mais opinou do que narrou. Pareceu muito mais um manifesto do que um romance. Eu não gostei. Bem diferente da autora que você citou. Obrigado. Bom dia.
Legal, ela apaga as críticas ao vídeo.
Mas essas criticas acontecem também nos filmes embora o filme ganhe vários oscas,dependendo dos personagens muitos podem sentir repulsa das atitudes dos mesmos!
Pablo Neruda, Nobel, fala lindamente sobre o amor. Assumiu ter perdido a virgindade estuprando a empregada que o criou de menino, relatando as súplicas e choro dela. John Fowles, premiado por O Colecionador, narrou no livro em primeira pessoa um sequestrador, e foi aclamado pela capacidade de captar a psicologia extrema de um personagem extremo. Acho que nesse tema não estamos falando de uma escritora ruim ou imoral, necessariamente. Mas certamente, de leitores excessivamente impressionados e estanques pela primeira camada de contato. O personagem que o autor faz, não fala sobre o autor, mas sobre o personagem.