Bicicletada da Lagoa - pais e filhos - 11/08/2012 [HD]

[imagens: Michel Seikan]
**5a Edição em 2012, rumo à Mole!**
CONTEXTO - Após a 4a edição, com mais de cem participantes, instalação de placas de respeito ao ciclista e ampla repercussão na mídia, agora vamos adotar novo percurso, rumo ao morro de acesso à Praia Mole.
O objetivo da 5a Bicicletada da Lagoa é denunciar o primitivismo da administração pública, que fez o famoso truque político do "recapeamento asfáltico" às coxas em véspera de eleições, sem reformar o acostamento e sinalizar o respeito ao ciclista e ao pedestre.
O respeito ao ciclista pelo automóvel, quando não existe ciclovia, é regulamentado por Lei do Código de trânsito Brasileiro. Neste caso, o ciclista deve transitar às margens da pista, no sentido da via. O motorista deve diminuir a velocidade para ultrapassar o ciclista, respeitando uma distância de 1,5m. Veja o que diz a lei do CTB:
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta: Infração - média; Penalidade - multa.
Mais do que um dispositivo legal, é uma questão de segurança e de respeito pelo direito de circulação do outro. De consciência cidadã.
5a BICICLETADA - "Recentemente a prefeitura (ou estado) "revitalizou" a rodovia da Praia Mole / Barra da Lagoa, asfalto pretinho, lisinho.... aí pergunto a ciclistas, corredores, caminhantes: lembram como era horrível o acostamento dessa estrada? Pois é.... PIOROU!!!!!
Recapearam o asfalto direitinho, mas só mexeram no acostamento onde os malas sem alça estacionam (é proibido estacionar em acostamento)! No resto continua como estava, e ainda ficou um degrau entre a pista e acostamento, trashzeira. E ainda tem gente elogiando, só pode ser partiDário ou Homo Automobilis!" - Eduardo Green, cicloativista.
O "Recapeamento asfáltico" representa a mais antiga forma de se fazer uma política ultrapassada, que visa dar aos motoristas uma sensação de "progresso urbanístico".
Entretanto, no século XXI o velho conceito de "progresso" via estradas para carros deve dar lugar à "sustentabilidade" e à "mobilidade" urbanísticas.
Não queremos só capa de asfalto, queremos que nosso dinheiro, pago em impostos todos os dias, seja usado em favor do urbanismo do futuro, sustentável, igualitário e democrático.
"Somos pedestres, necessitamos caminhar, mas não podemos ter medo. Medo do carro, medo da cidade. Em uma boa cidade, compramos pão e leite a pé ou de bicicleta. Calçadas niveladas com as ruas são ideais para deixar claro que quem invade o espaço das pessoas são os carros, e não o contrário" - Enrique Peñalosa, ex-prefeito que construiu 500 km de ciclovias em Bogotá, capital da Colômbia.
"As cidades latino-americanas não querem parecer-se com Amsterdam ou Florença, mas com Los Angeles, e estão conseguindo converter-se na horrorosa caricatura daquela vertigem. Em 1992 houve um plebiscito em Amsterdam. Os habitantes da cidade holandesa resolveram reduzir à metade o espaço, já muito limitado, que ocupam os automóveis. Três anos depois, proibiu-se o trânsito de carros privados em todo o centro da cidade italiana de Florença, proibição que se estenderá à cidade inteira à medida em que se multipliquem os bondes, as linhas de metrô, as vias para pedestres e os ônibus. Também as ciclovias: será possível atravessar toda a cidade sem riscos, por qualquer parte, pedalando em um meio de transporte que custa pouco, não gasta nada, não invade o espaço humano nem envenena o ar e que foi inventado, há cinco séculos, por um vizinho de Florença chamado Leonardo da Vinci" - Eduardo Galeano, escritor uruguaio.
Percurso: Pracinha da Lagoa - uma volta pelo Centrinho da Lagoa - Av. das Rendeiras - Morro da Mole - Morro da Barra da Lagoa - retorno pelo mesmo percurso até a Pracinha da Lagoa.
Obs - Respeitando o conceito de "Massa Crítica", o percurso pode ser alterado de acordo com a opinião das pessoas no dia.
Além disso, quem não quiser fazer todo o percurso pode fazer apenas uma parte, o importante é participar ;)
Obs 2 - É indescritível a sensação de pedalar em um coletivo, reocupando a rua como espaço público de respeito a todos, de contato com o bairro, conversando e observando a paisagem. Só quem participa de uma bicicletada sabe o valor disso em termos de saúde, bem-estar e cidadania :)
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Rede de organizadores:
Grupo Bicicletada Floripa
Grupo Ciclovia na Osni Ortiga (Lagoa)
ViaCiclo
Associação de ciclistas da grande Florianópolis
Movimento Ciclovia na Lagoa Já
Ampola - Associação dos Moradores do Porto da Lagoa
Floripa Quer Mais
Caminhos do Sertão
Projeto Musicália Brasuca
Bike Anjo

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