Nesse período, o Brasil passou por uma série de transformações políticas, sociais e econômicas significativas. Em 1889, houve a Proclamação da República, que marcou o fim do Império e o início de um novo regime político. Durante as primeiras décadas da República, o país passou por um processo de industrialização e urbanização, especialmente nas regiões Sudeste e Sul. O governo de Getúlio Vargas, que iniciou em 1930, foi marcado por medidas nacionalistas e intervencionistas na economia, além da implementação de políticas trabalhistas e sociais, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A República Velha, também conhecida como República Oligárquica, foi o período que se estendeu desde a Proclamação da República em 1889 até a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Durante esse tempo, o Brasil era dominado por uma elite política e econômica composta principalmente por cafeicultores do estado de São Paulo e pecuaristas de Minas Gerais.
O modelo político da República Velha era caracterizado pelo domínio das oligarquias regionais, que controlavam os principais órgãos do governo, como a presidência, os governos estaduais e as câmaras municipais. Esse sistema ficou conhecido como "política dos governadores", onde os presidentes estaduais tinham grande autonomia para indicar seus sucessores e garantir a manutenção de seus interesses políticos e econômicos.
Durante esse período, a economia brasileira estava voltada principalmente para a produção e exportação de café, o que gerou uma grande dependência do país em relação aos mercados internacionais. Essa dependência econômica e a concentração de poder nas mãos de poucos levaram a uma série de conflitos sociais, como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata, que demonstraram a insatisfação popular com as condições políticas e sociais da época.
Apesar das contradições e instabilidades, a República Velha também foi um período de modernização e urbanização do Brasil, com a construção de estradas de ferro, expansão da rede elétrica e desenvolvimento de algumas indústrias. No entanto, esses avanços beneficiaram principalmente a elite, enquanto a maioria da população vivia em condições precárias e sem acesso a direitos básicos.
No contexto internacional, a República Velha foi marcada pelo alinhamento do Brasil com os interesses das potências europeias e dos Estados Unidos, especialmente no que diz respeito às questões comerciais e diplomáticas. Esse alinhamento influenciou as políticas externas do país e contribuiu para manter o status quo político interno.