A maior estátua católica do mundo de Santa Rita de Cássia em Santa Cruz no Rio Grande do Norte
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Por volta do ano de 1820 inicia-se o povoamento do local, com uma economia baseada na atividade agropastoril, que primeiramente ficou conhecida como "Malhada do Juazeiro".
Rita de Cássia ainda era uma beata, mas já era venerada na Europa e quando uma família portuguesa veio para o Brasil trouxe uma maravilhosa imagem barroca com eles. Quando da construção da capela, a imagem foi doada.
Por um curto espaço de tempo a vila passa a se chamar "Santa Rita da Cachoeira".
A história de Santa Rita foi repleta de eventos extraordinários. Falecida em 22 de maio de 1457, ela foi beatificada no ano de 1627, em Roma, pelo papa Urbano VIII, e canonizada em 24 de maio 1900, pelo papa Leão XIII
Com a construção da igreja estimulou ainda mais o crescimento do povoado, e logo passa a ser distrito, com a denominação "Santa Cruz da Ribeira do Trairi".
Em 27 de março de 1835 a pequena capela se torna Igreja Matriz,
Na região havia uma grande presença de inharés, árvore considerada "sagrada" pela população local e que, segundo a tradição, atraía grandes males como secas e epidemias de doenças ,caso algum de seus galhos fossem quebrados.
Segundo a estória muito contada na tradição oral da cidade e relatada no livro Memória Histórica de Santa Cruz. que, certo dia, um missionário franciscano, sabendo dessa tradição, resolveu visitar o povoado e mandou erguer uma cruz de frente a Igreja Matriz de Santa Rita feita com galhos dessa arvore. Com isso, os males teriam cessado e grandes fontes de água teriam jorrado, e muitos dos animais típicos da região teriam se tornado mansos. Ali ela ficou por quase um século, não sabendo exatamente quando foi fixada, mas este foi o principal motivo para o povoamento ser conhecido como "o lugar da Santa Cruz".
A lenda da Cruz do Inharé também reforça essa denominação do município. O destino da cruz não se sabe, mas o Monsenhor Severino fala em seu livro que "em 1919, o Padre José Mendes, teve a ideia de transportar a referida cruz, para um monte pouco elevado, bem à vista da cidade, situado à margem direita do Rio Trairi no Monte Carmelo, hoje Santuário de Santa Rita).
Quando foram retirar a cruz, por estar a quase um século ali enterrada, o pé da cruz estava estragado pelo tempo e não resistiu a mudança, ficando em pedaços". Mesmo após a emancipação política, quando o Governo Provincial deu ao município o nome de Vila do Trairi, a população sempre se referiu ao mesmo como Santa Cruz, e até mesmo fontes históricas consideravam dessa forma. Malhada do Trairi, Ribeira do Trairi ou Santa Rita de Cachoeira foram títulos históricos fixados por documentos oficiais, mas por fim prevaleceu o costume popular, que seja por lenda ou não, considerou que o "lugar da Santa Cruz" deveria ser chamado pelo símbolo que nela foi erguido e conhecido por muitos séculos. Depois de tantos títulos, apenas Santa Cruz.
Em 1954,a capela secular é demolida para construção da atual Igreja Matriz. O projeto principal tal como naves, torres, portas e altar-mor foi concluído em 1965, e o relógio da torre, com quatro faces, em 1982.
Em 2006, foi entregue a reforma do presbitério da Matriz. E também em 2006 a comunidade acolhe o projeto de construção do Santuário de Santa Rita de Cássia, O período de obras foi de 2008 a 2010, sendo a inauguração em 26 de junho de 2010.
A imagem tem um resplendor de 8 metros, com o corpo da Santa em concreto de 42 metros, sobre um pedestal de 6 metros, totalizando 56 metros. A estátua maior que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que mede 38 m e também maior que o Cristo de la Concordia, na Bolívia, que mede 40,44 .
É a maior estátua católica do mundo cuja estrutura é suportada por uma parede de concreto com 8 cm de espessura em toda a sua extensão.
A cidade atraia um grande número de devotos de Santa Rita, mas com a construção dessa imagem a Paróquia-Santuário é referência no turismo religioso, recebendo romeiros de todas as partes do país, bem como visitantes de diversos países.
As festividades da padroeira acontecem de 13 a 22 de maio, encerrando com uma procissão que já bateu a marca de 100 mil pessoas.
Santa Rita é chamada carinhosamente pelos devotos de “santa das causas impossíveis” ou “madrinha dos sertões”.
Santa Rita de cássia rogai por nós.
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