Em 2 de maio de 1989, estourou a Greve dos Radialistas em São Paulo. Treze mil radialistas e funcionários de três emissoras de rádio e seis de televisão em todo o Estado decidiram parar de trabalhar reivindicando uma reposição salarial de cerca de 90% do período de 1 ano, 10% de produtividade e piso salarial de 500 cruzados novos. O telejornalismo foi o setor mais afetado pela greve, devido a ausência de reportagens externas: o telejornal regional "SPTV" da Rede Globo teve que ser gerado de Campinas, interior paulista, os telejornais de rede das emissoras Bandeirantes, Cultura, Record e SBT não tiveram reportagens de rua e a Rede Manchete simplesmente não exibiu os telejornais locais "São Paulo 8 Horas" e "São Paulo em Manchete". As emissoras de TV mais atingidas pela greve foram a TV Cultura e o SBT: 60% do quadro de funcionários da TV Cultura pararam de trabalhar e quase interromperam o funcionamento da emissora e o SBT teve que cancelar a gravação do quadro "Cidade Contra Cidade" do "Programa Silvio Santos", impossibilitado por causa do movimento (foi então que a emissora decidiu colocar o programa "Viva a Noite" em plena tarde de domingo para preencher o vazio deixado pela gincana e a "estratégia" para enfrentar com pé de igualdade o "Domingão do Faustão" durou apenas três semanas). A greve durou três dias. Confira o registro televisivo da greve que quase parou a TV brasileira na época, retirado de vídeos postados pelo canal de Aloísio Paulo:
- TV Mix - TV Gazeta (Luiz Algarra)
- Jornal da Record com Carlos Nascimento
- TJ São Paulo e TJ Brasil - SBT
- Programa Ferreira Netto - TV Record
- Jornal da Cultura com William Waack
- TJ Noite - SBT (Ana Luísa Prudente)