(2) BIBLIOGRAFIA: Racismo estrutural - Silvio Almeida
ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen, 2017.
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O racismo é uma construção social que se manifesta de maneiras complexas e abrange dimensões históricas, políticas e culturais. A raça é um termo controverso originado na classificação de seres vivos, incluindo seres humanos, que emergiu na modernidade no século XVI, ligado ao poder, conflito e decisão.
Durante o Iluminismo, o conceito de homem universal permitiu a classificação de grupos humanos com base em características físicas e culturais, promovendo a ideia de que alguns povos eram inferiores e menos desenvolvidos. O racismo científico surgiu no século XIX, usando a ciência para justificar a inferioridade de raças colonizadas. Até os dias atuais, a noção de raça é um fator político utilizado para legitimar desigualdades e discriminação.
O racismo é uma forma sistemática de discriminação baseada na raça, resultando em desvantagens ou privilégios para diferentes grupos raciais. Ele difere do preconceito racial e da discriminação racial, que envolvem estereótipos e tratamento diferenciado de pessoas com base em sua raça. O racismo se articula com a segregação racial e reproduz-se em várias esferas da sociedade, como política, economia e relações cotidianas.
Existem três concepções de racismo: individualista, institucional e estrutural. A individualista vê-o como uma patologia ou anormalidade atribuída a indivíduos ou grupos isolados, limitando-se a abordagens éticas ou psicológicas. A concepção institucional reconhece que o racismo não se limita a comportamentos individuais, mas é resultado do funcionamento de instituições que impõem vantagens e desvantagens com base na raça. Já a concepção estrutural avança além da análise institucional, reconhecendo que o racismo é inerente à ordem social, sendo parte de uma estrutura social mais ampla.
A naturalização do racismo ocorre através de ideologias que se fundamentam em práticas sociais concretas. Essas ideologias moldam o imaginário social, criando representações falsas ou distorcidas da realidade, reproduzidas e reforçadas pela cultura popular, mídia, educação e sistema de justiça.
O racismo também se adaptou ao longo do tempo, passando de um discurso biológico da inferioridade das raças para formas mais sutis de dominação. No estágio atual do racismo, a cultura dos grupos discriminados não precisa ser destruída, mas sim domesticada e tratada como "exótica", integrada ao sistema como mercadoria.
O texto enfatiza que a raça é uma construção social e que o racismo é resultado de dinâmicas históricas, políticas e culturais. O combate ao racismo exige uma reflexão profunda sobre as estruturas sociais e políticas que sustentam as desigualdades raciais e a desconstrução de ideologias que perpetuam a supremacia branca.
Além disso, é necessário valorizar e reconhecer a diversidade cultural, buscando uma sociedade mais justa e igualitária para todos, combatendo a ideia de superioridade racial e promovendo políticas antirracistas efetivas em todas as esferas da sociedade. O entendimento da raça como uma relação social é essencial para abordar as questões contemporâneas de maneira comprometida com a ciência e a resolução dos problemas sociais.
O texto apresenta uma análise profunda sobre a relação entre racismo, poder e economia. Destaca-se como o racismo tem sido institucionalizado na formação do imaginário nacional, contribuindo para a desigualdade racial persistente no país. Além disso, o texto explora como o racismo está conectado à formação dos Estados, atuando como uma tecnologia de poder para garantir a integridade e superioridade da raça considerada dominante.
A questão da representatividade política também é abordada, ressaltando que é um passo importante na luta contra o racismo, mas não é suficiente para combater completamente a discriminação. A mudança estrutural e política é necessária para desmantelar as narrativas discriminatórias e garantir igualdade e justiça social.
A análise da transição do racismo de Estado para a necropolítica também é explorada, mostrando como a fusão entre morte e política em regimes coloniais e pós-coloniais perpetuou o racismo como uma estratégia de poder para governos coloniais e pós-coloniais.
A relação entre direito e raça também é abordada, destacando como diferentes concepções de direito têm sido usadas tanto para perpetuar quanto para combater o racismo ao longo da história.
Quanto à relação entre raça e economia, o texto destaca como o racismo está intrinsecamente ligado à desigualdade econômica e como as teorias econômicas têm abordado a questão da discriminação racial na distribuição de salários e oportunidades.
A análise estrutural do racismo no campo econômico mostra como o racismo é uma construção social que se adapta às dinâmicas do capitalismo e pode ser usado como uma ferramenta de controle social para perpetuar a exploração de trabalhadores pertencentes a grupos minoritários.
Пікірлер: 38
Eu tive uma concepção errada dessa obra, fiz uma leitura desatenta, mas ao ouvir a explicação, deu para entender melhor o que o autor quis dizer. Por isso obrigada 😅
@concursossp
25 күн бұрын
de nada
Gratidão professor
@concursossp
Жыл бұрын
🫂👍
Obrigado
@concursossp
Жыл бұрын
De nada
Sem palavras para agradecer por suas aulas, professor! Muito muito obrigada!
@concursossp
11 ай бұрын
Opa, obrigado 🫂
ASSUNTOS IMPORTANTES 👨🏫✍️
Gratidão, Prof! Um vídeo melhor que o outro. Que Deus me ajude a lembrar de todo o seu ensinamento na hora da prova rs
@concursossp
Жыл бұрын
Que ótimo ☺️ obrigado 🫂 pelo feedback
Sensacional estou estudando as suas aulas professor. GRATIDÃO por proporcionar essas aulas .
@concursossp
Жыл бұрын
Sucesso 🫂🫂
Obrigada Prof , gratidão ☺️🙏🏻
@concursossp
Жыл бұрын
Disponha 🫂👍
Top . Obrigado
Vamos dar like e assistir às propagandas.
@concursossp
Жыл бұрын
Agradeço 🙂😊🫂
Obg professor 🎉🎉
@concursossp
Жыл бұрын
De nada 😊
Muito obrigada por esse resumo, está ótimo!!!
@concursossp
Жыл бұрын
Obrigado 🫂👍
Gratidão por seus vídeos! Está ajudando demais ❤
@concursossp
Жыл бұрын
Obrigado 🫂👍
👋👋
Parabéns, professor!Eu já o Li livro,mas é sempre bom fazer uma revisão.
@concursossp
Жыл бұрын
Legal, verdade 🫂
Questão do concurso: Almeida (2017) cita uma passagem de Hamilton e Ture que descreve cenas relacionadas ao racismo. Considere duas delas: na primeira cena, terroristas brancos bombardeiam uma igreja negra e matam cinco crianças; na segunda, a mesma cidade apresenta índices de morte de 500 bebês negros por falta de comida adequada, abrigos e instalações médicas. Para os autores, as cenas representam, respectivamente, (A) a discriminação racial; o preconceito de classe. (B) um problema ético-legal; uma ação direta do racismo. (C) um processo político; um processo histórico. (D) um ato de racismo individual; uma função do racismo institucional. (E) um dilema de raças; uma versão do colonialismo.
@concursossp
11 ай бұрын
(D) um ato de racismo individual; uma função do racismo institucional. De acordo com a descrição apresentada, a primeira cena envolvendo o bombardeio da igreja negra e a morte de crianças representa um ato de racismo individual, enquanto a segunda cena, com altos índices de morte de bebês negros devido à falta de recursos básicos, representa uma função do racismo institucional.
@amandagundin9776
11 ай бұрын
Todas essas questões que postei, acertei mediante o que aprendi nos seus vídeos! Muito obg
@concursossp
11 ай бұрын
@@amandagundin9776 que top, de nada (:
O texto não está na íntegra, a partir do minuto8:28, não tem mais texto.
@concursossp
Жыл бұрын
blogs.uninassau.edu.br/sites/blogs.uninassau.edu.br/files/anexo/racismo_estrutural_feminismos_-_silvio_luiz_de_almeida.pdf
@testemunhos3956
Жыл бұрын
Acho difícil falar iguais a eles. O autor. Espero que Deus me ajude a lembrar na hora.
Gratidão professor
@concursossp
Жыл бұрын
🫂👍
Gratidão professor
@concursossp
Жыл бұрын
De nada